Editorial
25 de Abril, Sempre!
Humberto Martins
A Etnográfica celebra os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Não podia deixar de ser. Abril abriu, em Portugal e no Mundo, muitas portas para as Ciências Sociais. Áreas de saber vistas como perigosas e ameaçadoras do statu quo de regimes opressores
[+]Editorial
A antropologia e o 25 de Abril: introdução
Sónia Vespeira de Almeida, João Leal e Emília Margarida Marques
Este número da Etnográfica, comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, procura associar a comunidade dos antropólogos – professores, investigadores, profissionais da antropologia, antigos estudantes ou atuais estudantes – à evocação das
[+]Etnografias da revolução em revista
Ricos e Pobres no Alentejo: posfácio à edição portuguesa
José Cutileiro
Quando na Primavera de 1970 acabei de escrever A Portuguese Rural Society, estava convencido de que a fase de história económica e social do Alentejo iniciada no segundo quartel do século XIX teria ainda longos anos à sua frente e que as
[+]Etnografias da revolução em revista
Agrarian Reform in Southern Portugal
Sandra McAdam Clark e Brian Juan O’Neill
This paper1 has two main purposes: (a) to present some preliminary results from S. McAdam Clark’s recent research on the agrarian reform and related developments in Southern Portugal, and (b) to set forth a critique of José Cutileiro’s specific
[+]Etnografias da revolução em revista
Emigration and its implications for the revolution in Northern Portugal
Caroline B. Brettell
In October of 1973, the newly organized International Conference Group on Modern Portugal, spearheaded by Douglas Wheeler (historian), Joyce Riegelhaupt (anthropologist) and others, held its first meeting on the campus of the University of New
[+]Imagens do país em 1974-1976: ensaio de antropologia visual
Um outro Portugal de abril: os estudiosos não revolucionários do povo
Clara Saraiva
A “equipa maravilha” da antropologia portuguesa do século XX formou-se em torno da figura de António Jorge Dias, que completou na Universidade de Munique, em 1944, um doutoramento em Etnologia, com a tese Vilarinho da Furna, Um Povo
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Introdução a Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP
João Leal
No dia 27 de abril de 1974 – dois dias depois do 25 de Abril – caiu o “U” de ISCSPU (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina), renomeado no mesmo dia ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas).
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Recordações do 25 de Abril de 1974 no ISCSP
Filipe Ramires
O clima repressivo que perpassava pela Academia de Lisboa nos anos anteriores ao 25 de Abril de 1974 também se fazia sentir no então ISCSPU. O controlo político-repressivo efectuado pela direcção da escola, nomeadamente através de certos
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Tempos de extremos
Luís Souta
Entrei na universidade em 1970, depois de ter realizado, em finais de Outubro, o “exame de admissão”, escrito e oral – Língua e Literatura Portuguesa e Geografia Geral, segundo as “matérias estabelecidas no programa oficial do 7.º ano
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Memórias do ISCSP(U) antes e depois do 25 de Abril de 1974
Dulcinea Gil
Terminado o liceu (ensino secundário) da alínea B, no Liceu Nacional de Faro, fui para Lisboa, a fim de frequentar o curso de Filologia Germânica da Faculdade Letras da Universidade de Lisboa.1 Fiquei desiludida com o curso quando percebi que, ao
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
25 de Abril de 1974: meio século depois – levitando
Maria da Luz Alexandrino
Em Lisboa sentia-se electricidade no ar – estava tudo de nervos em franja. Informações sussurradas nos cafés e nas esquinas sobre movimentos de militares, especialmente de capitães democráticos; sobre a tentativa de golpe de Março nas Caldas
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
A Universidade e o 25 de Abril: o ISCSP e a Antropologia
José Fialho Feliciano
Em 25 de Abril de 1974 estudava em várias universidades de Paris, modeladas, de formas diferentes, pelos ventos de mudança de Maio de 1968. Em Jussieu (Paris VII – Faculté des Sciences) fizera o bacharelato (DEUG) em Ciências da Sociedade,
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Do ISCSPU… ao ISCSP!
José Cardim
Foi em 1960 que, estando eu em Angola e interno numa escola no Sul do país, sucedeu no Norte a primeira “insurreição moderna” nas colónias portuguesas. Tinha antes vivido e estudado em Lisboa, em Luanda, Lourenço Marques e… no
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Comentário final – o 25 de Abril e a queda do U: apontamentos sobre memória e revoluções
José Neves
Para aquele lisboeta que descobriu que já não tinha creme de barbear em casa, o dia 25 de abril de 1974 começou mal. Ainda assim, o homem saiu à rua e foi aí e então que se inteirou do que estaria a acontecer na cidade: uma revolução. Os
[+]Etnografias da revolução, hoje
Etnografia retrospectiva 2.0: o gesto artístico na revolução
Sónia Vespeira de Almeida
Este artigo interroga as práticas artísticas na revolução no quadro das Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA (1974-1975). Parte da revisitação de um corpus de dados recolhidos no âmbito de uma investigação publicada
[+]Etnografias da revolução em revista
Portugueses retornados: memória, cidadania e identidade (pós-)imperial
Elsa Peralta e Bruno Góis
Com o fim do império colonial, na sequência da Revolução do 25 de Abril de 1974, as fronteiras e a identidade da nação portuguesa são redefinidas. Neste contexto, foram repatriados das ex-colónias para Portugal cerca de meio milhão de
[+]Etnografias da revolução, hoje
Recusar o império da ignorância: compassos das revoluções em Angola e Portugal na obra tardia de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010)
Inês Ponte
Ao lidar com as convulsões políticas do passado de Angola, a obra literária mais tardia do antropólogo Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010), angolano de origem portuguesa, proporciona refletir sobre a revolução dos cravos em Portugal. Não é
[+]Etnografias da revolução, hoje
A revolução no campo: revisitação de um conflito socioambiental no pós-25 de Abril numa aldeia da Beira Baixa
Pedro Gabriel Silva
Na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, uma aldeia do concelho de Belmonte foi palco, durante seis anos, de um conflito que opôs um grupo de proprietários minifundiários e parte da comunidade a uma empresa mineira. Neste artigo,
[+]Etnografias da revolução, hoje
25 de Abril × 50 anos de escrita na cidade
Cristina Pratas Cruzeiro, Ricardo Campos e Cláudia Madeira
Neste artigo pretendemos revisitar um dos palcos privilegiados para a expressão dos cidadãos – a rua e o espaço público urbano – a partir do legado das pichagens e murais realizados durante o período revolucionário do 25 de Abril de 1974
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Portugal 2024, imaginado desde o 25 de Abril
Nuno Domingos
O presente é uma condição inevitável da produção de uma investigação que responda ao desafio da Etnográfica: escrever um ensaio acerca do que gostaria de pesquisar se tivesse tido a oportunidade de acompanhar in loco a revolução de 25 de
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Processos revolucionários em discurso: descentralizando e desconstruindo os impactos do 25 de Abril em Angola
Ruy Llera Blanes
É já um lugar-comum afirmar o papel fulcral que o 25 de Abril de 1974 teve no processo de descolonização das colónias portuguesas em África, nomeadamente no que diz respeito à incorporação da descolonização como desígnio do programa do
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Projetos contestados de reprodução social durante o processo revolucionário: necessidades humanas e horizontes de valor
Patrícia Alves de Matos
Se pudesse escolher uma temática de investigação sobre o período revolucionário português, qual seria? Foi este o desafio que os editores me colocaram. Inicialmente pensei em velhas ideias que tinha tido quando terminei a minha licenciatura em
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Revolução, turismo e antropologia
Marta Prista
Avril au Portugal. Pela mão do Comissariado de Turismo, o Estado Novo promoveu a viagem a Portugal recebendo os estrangeiros no dia do turista com flores, souvenirs e sorrisos de jovens trajadas à imagem do país que se queria.2 Em 1974, uns dias
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Nota sobre a capa
Constança Arouca
A caminho da exposição do Mário Cesariny, no MAAT, e já com a capa da celebração dos 50 anos do 25 de Abril em mente, pela primeira vez estive a observar com atenção a intervenção dos 48 artistas, na reinterpretação de 2022 do mural do
[+]Found in Translation
Nota introdutória a “Antropologia em língua árabe: para lá do monopólio discursivo” (Abdellah Hammoudi, 2018)
Francisco Freire
A Etnográfica inicia com este número uma nova proposta editorial. “Found in Translation” é uma secção concebida para dar espaço a mais antropologias, apontando a essa diversidade epistemológica reclamada na construção de um campo ele
[+]Found in Translation
Antropologia em língua árabe: para lá do monopólio discursivo
Abdellah Hammoudi
Alguns leitores podem com razão interrogar-se quanto ao efetivo significado da expressão “antropologia em língua árabe”, uma vez que esta, ainda que cuidadosamente escolhida por mim, comporta diferentes significados, alguns deles
[+]Articles
Playing with death to celebrate life: an ethnographic study of the pilgrimage of the coffins in Santa Marta de Ribarteme, Pontevedra, Galicia
Carlos Hernández-Fernández
Since the mid-20th century, a number of religious and festive pilgrimages have been held in Galicia and Portugal in which symbols of a funerary nature were used as a form of offering to give thanks for miracles or to pray for them to take place.
[+]Articles
Governar e classificar em um território camponês: os efeitos sociais na instalação de um projeto hidrelétrico em Huila, Colômbia
Camilo Andrés Salcedo Montero
No artigo, apresento os resultados de uma pesquisa etnográfica que analisa os efeitos sociais sobre as comunidades camponesas (dedicadas ao trabalho da terra e a pescaria no rio) pela entrega das compensações e a realização das obras na
[+]Articles
Imagens do movimento: terra, parentesco e história no Alto Xingu
Antonio Guerreiro
O objetivo deste artigo é compreender como os Kalapalo, um povo falante de língua karib do Alto Xingu (Amazônia meridional), descreve suas relações com suas terras tradicionais em narrativas e depoimentos pessoais sobre sua ocupação da área
[+]Histoire de la Anthropologie
Cultura, o seu modo de ser: uma proposta de reflexão a partir de Edward Sapir
Ricardo Santos Alexandre
Este ensaio regressa a um texto clássico da antropologia, “Culture, genuine and spurious” de Edward Sapir, tomando-o como parceiro de diálogo e de reflexão sobre a noção de cultura. Em “Culture, genuine and spurious”, Sapir mostra-se
[+]Interdisciplinarités
A arquitetura e o construído: uma abordagem antropológica para sua distinção conceptual
Ion Fernández de las Heras
Partindo de uma série de considerações relacionadas com o meu trabalho de campo no meio rural do País Basco, sugiro que a coincidência conceptual entre a arquitetura e o construído pode levar a obliterações indesejadas para aqueles que se
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias e no Sul global – introdução
Paula Godinho e Raúl H. Contreras Román
A antropologia tem proposto alternativas para pensar os modos pelos quais o passado afeta o presente, sem dar igual importância às múltiplas maneiras pelas quais os futuros socialmente imaginados o fazem. Trabalhos recentes têm-no indagado no
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Multispecies futures: a manifesto from the South in the face of the capitalist Anthropocene
Berenice Vargas García e David Varela Trejo
A little over ten years ago, the anthropological academy of the global North baptized with the name “multispecies” a mode of study and writing that de-centers the human and that, in research, pays attention to the socio-cultural and affective
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
The land is the time: narratives of the future among Andean-Amazonian peasant women
Saraya Bonilla Lozada
This article reflects together with peasant women-defenders of the territory in Bajo Putumayo, in Southern Colombia. It resumes their narratives of the future and the understanding of time and space that they elaborate from their incarnated
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
End of a village, end of the world: memories and imagined futures from Tixcacal Quintero, Yucatán
Julián Dzul Nah
This article presents the ways in which some people from Tixcacal Quintero (Yucatán, México), inhabitants or immigrants, remember the town’s henequenero past, and imagine its futures. Framed in a post-emigration context, which started in the
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
The “day after tomorrow”: thinking about ethnic futures among the Ñuu Savi population in the south of Mexico
Norma Bautista Santiago
In the Mixtec language or Tu'un Savi the word future does not exist, however, among the people who assume themselves to be part of the People of the Rain or Ñuu Savi; population of indigenous origin in southern Mexico, there is the notion of what
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Sonhos humildes: cimentar futuros numa região indígena do México
Raúl H. Contreras Román
Neste artigo analisam-se os “sonhos humildes” enquanto modelo local de futuro imaginado que emerge de conversas diversas e historicamente situadas na construção de sentidos comuns que possibilitem às pessoas imaginar outras vidas possíveis e
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
O mundo existe agora
João Carlos Louçã
Após o fim da Guerra Fria e do bloco soviético, os anos 90 do século passado prometeram a expansão do capitalismo aos mais recônditos cantos do planeta. A globalização era a forma como o liberalismo económico assumia esse propósito
[+]Ressources
Mobilidades, etnografia e turismo: um panorama sobre metodologias etnográficas na literatura
Juliana Carneiro and Thiago Allis
O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das
[+]The Cut
Apagar as luzes. Praticar a opacidade nas caves da Estónia
Francisco Martínez
Este artigo investiga os tipos de coisas que são guardadas e as práticas que têm lugar em diferentes caves, a fim de refletir sobre regimes alternativos de visibilidade na Estónia Oriental. A utilização de infra-estruturas de ocultação faz
[+]The Cut
Etnographing the underground: notes and inspirations from the text by Francisco Martínez
Mariana Tello Weiss
The text is highly inspiring from both a theoretical and methodological point of view. It proposes an ethnography of the basements in Sillamäe, a small village in eastern Estonia. A village that, because of its history - marked by war and the
[+]The Cut
O que mais podemos fazer com/nos buracos?
Tamta Khalvashi
"Onde é que há um bunker?" Esta pergunta começou a assombrar muitos de nós nas cidades da Geórgia, quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. A procura de bunkers, caves e abrigos, de espaços de opacidade e de segurança, foi
[+]The Cut
Da cave à des-cave? Uma resposta de questionamento à opacidade
Hermione Spriggs
"O opaco não é o obscuro" (Glissant 1997:191). É assim que começa o texto de Francisco Martínez sobre as caves, que ele aborda como espaços de opacidade que podem, no entanto, ser explorados etnograficamente. O aparente paradoxo que Martínez
[+]The Cut
Onde a história começa de novo
Patrick Laviolette
Francisco Martínez começa o seu ensaio com uma citação de Édouard Glissant. Poderia muito bem ter escolhido algo da Poética do Espaço (1958) de Gaston Bachelard ou de Hiding in the Light (1988) de Dick Hebdige para apresentar o que se
[+]Sections
SOUMISSION DES PROPOSITIONS
Toutes les propositions doivent être envoyées à : etnografica@cria.org.pt
avec pour objet : soumission de proposition FORUM AGORA [nom de la section concernée].
SECTIONS EXCLUSIVES AGORA
Notes rapides
Section ayant un profil de blog. Elle peut contenir des articles indépendants et originaux, mais aussi de courtes réflexions d'auteurs de textes publiés dans la revue, offrant une version plus "populaire", sous forme de blog, de l'article en question.
Jusqu'à 1000 mots. Publication permanente. Relecture par les éditeurs.
Éditeur : Octávio Sacramento (UTAD, CETRAD, Portugal)
Raccourcis
Articles de revues édités pour une lecture en ligne en format surligné, uniquement pour les articles du numéro en cours ; textes résumés avec des photographies ou d'autres contenus que le papier ne permet pas.
Jusqu'à 500 mots. Publication permanente. Relecture par les éditeurs. Possibilité d'inclure des photographies, des vidéos et du matériel audio.
Éditeur : Humberto Martins (UTAD, UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
"Des archives"
Nous ouvrons la porte des archives et jetons un regard neuf sur l'anthropologie publiée dans Etnográfica depuis 1997. Tous les quatre mois, un éditeur invité propose une sélection de relectures autour d'un axe thématique (ou géographique, ou temporel, ou...) défini par ses intérêts de recherche, ou par ce qui, dans le monde d'aujourd'hui, l'interpelle le plus en tant que chercheur.
Texte de présentation de la sélection, rédigé par l'invité. Jusqu'à 1000 mots. Sélection de 8 articles maximum. Tous les quatre mois.
Editeur : Emília Margarida Marques (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
Section Multimodale - Audiovisuel
Cette section publie des contributions originales qui expérimentent la multimodalité dans un engagement avec la pratique ethnographique qui enrichit l'écriture. Nous encourageons la soumission d'essais qui intègrent des formats visuels, tels que la photographie, le dessin, le graphisme et l'audiovisuel, ou le son, dans le cadre de leur réflexion ethnographique.
Jusqu'à 6 000 mots. Les images valent 200 mots chacune. Vidéo et audio jusqu'à 20 minutes.
Essai - révision par l'éditeur et des pairs invités, éventuellement anonymisés.
Les spécifications techniques doivent être convenues avec l'éditeur.
Éditeur : Inês Ponte (ICS-ULisboa, Portugal)
Anthropologie Urgente
Des articles sous forme de courts essais sur des thématiques pressantes relevant du double champ d’une anthropologie de l’urgence et d’une anthropologie des affections, mais qui marquent aussi les agendas publics ou explorent des réalités et phénomènes invisibles.
Revue par les éditeurs. Publication permanente. Délai de publication jusqu'à 3 mois. Sur soumission ou sur invitation de l'éditeur.
Entre 2000 et 2500 mots. Cela peut inclure de la photographie, de la vidéo et de l’audio.
Éditeur : Renata Gonçalves (U. Fluminense, Brésil)
Notes de terrain
Des textes courts et originaux qui offrent un premier regard, ou un regard transversal sur une expérience de terrain avec des vignettes éclairantes. Ils peuvent incorporer des représentations multimodales et appartenir à n’importe quel genre littéraire. L'inclusion de dessins, d'images et de photographies liés à la recherche est encouragée.
Revue par les éditeurs. Matériel audiovisuel : chaque image vaut 200 mots. Vidéo et audio jusqu'à 6 min.
Maximum 2500 mots.
Editeurs : Antonádia Borges (UFRJ, Brésil) ; Cyril Isnart (IDEMEC, France ; CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal) ; Humberto Martins (UTAD, UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal) ;
Jose Antonio Cortés Vázquez (Université de La Corogne, Espagne)
Lado B
Textes inédits dans un format non académique, avec liberté d'auteur et éditoriale. L'idée est basée sur le partage de textes sauvegardés et non édités qui peuvent découler d'intérêts académiques ou scientifiques, mais qui, pour une raison quelconque, n'ont pas été transformés en un produit convenu sous forme d'article ou de chapitre. Une place est également accordée à la répétition et à l'expérimentation avec une ouverture sur d'autres domaines (littérature, cinéma…).
Organisé par l'éditeur.
Maximum 6000 mots.
Editeur : Chiara Pussetti (ICS-ULisboa, Portugal)
NOUVELLES SECTIONS - REVUE ET AGORA
Found in translation
Cette rubrique vise à donner une place aux textes périphériques ou hors circulation académique, pour des raisons linguistiques ou épistémologiques. De nombreux textes non traduits dans les langues dominantes ou déjà intégrés dans le circuit mondial des revues de sciences sociales conduisent à une diffusion et à une reproduction déséquilibrées des paradigmes de pensée établis. Etnografia propose ainsi de porter sur le forum de discussion une production parfois méconnue et stimulante de ces mêmes paradigmes, en termes de contenu, de style et de format. Cela peut inclure des traductions d'œuvres provenant de langues et de circuits périphériques à ceux de la production dominante dans le monde universitaire, ainsi que d'autres domaines disciplinaires et/ou ontologiques.
Extension variable. Publication annuelle. Texte de présentation.
Maximum 1000 mots.
Editeur invité 2024 : Francisco Freire (NOVA-FCSH, CRIA-NOVA FCSH/IN2PAST)
The cut : des thèmes d'actualité en dialogue
Dans cette section, les éditeurs proposent un essai stimulant qui remettra en question et poussera la pensée théorico-anthropologique. Cette pièce peut également inclure des méthodologies ethnographiques de pointe et proposera quelque chose de nouveau et de controversé, dans le cadre des paramètres du bon sens universitaire professionnel. Trois commentateurs différents répondront à ces provocations avec leurs propres pensées, basées sur leur expérience anthropologique, avec des perspectives critiques. L’auteur de l’article principal dispose d’un espace pour une réponse finale.
Maximum 7 000 mots.
Article principal en provocation : 3000 mots.
Concurrent 1 : 1000 mots ; Concurrent 2 : 1000 mots.
Concurrent 3 : 1000 mots ; Réponse de l'auteur principal : 1000 mots.
Il est publié une fois par an. Invitation et révision par les éditeurs.
Éditeurs : Diana Espírito Santo (U. Católica, Chili) et Ruy Blanes (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
Le livre et ses critiques
Quatre relecteurs-essayistes sont invités à examiner de manière critique un ouvrage récent ayant des implications théoriques et/ou méthodologiques significatives en anthropologie. Chaque critique créera un bref résumé du livre, de son point de vue, et un commentaire critique sur certains aspects du livre, ainsi que des questions en suspens et d'autres problèmes qui laisseront de la place à l'auteur pour répondre plus tard. L'auteur du livre dispose d'un espace pour répondre aux quatre critiques à la fin de l'article.
Maximum 6000 mots.
Commentateur/critique 1 : 1000 mots ; Commentateur/critique 2 : 1000 mots
Commentateur/critique 3 : 1000 mots ; Commentateur/critique 4 : 1000 mots
Réponse de l'auteur : 2000 mots
Il est publié une fois par an. Invitation et révision par les éditeurs.
Éditeurs : Diana Espírito Santo (U. Católica, Chili) et Ruy Blanes (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
SECTIONS DÉJÀ EXISTANTES - REVUE ET AGORA
Entretiens
La publication d'entretiens dans Etnográfica sera favorisée sur proposition de la Direction, et pourra également résulter de propositions émanant directement des collaborateurs. Dans le premier cas, les interviews s'inscrivent dans le cadre du projet éditorial de la revue, suivant un plan défini dans le cadre du Comité de rédaction. Concernant les propositions faites par les collaborateurs, elles doivent respecter les critères suivants :
Ils ne peuvent excéder 7 500 mots, références bibliographiques comprises, ni excéder 40 minutes dans le cas d'entretiens enregistrés (son ou vidéo).
Ils doivent être orientés pour mettre en évidence l’un des éléments suivants :
-- Parcours scientifique/académique de la personne interrogée.
-- Analyse et/ou commentaire critique sur des travaux récents (pas plus de trois ans après publication).
-- Insertion de l'interviewé dans un courant théorique et discussion/confrontation correspondante avec d'autres auteurs et/ou courants.
-- Présentation et discussion correspondante autour de concepts et/ou catégories proposés par l'auteur ou faisant référence à son œuvre.
La réception des propositions d'interviews est ouverte en permanence, la revue s'engageant à donner son accord ou à manifester son désintérêt à leur égard dans un délai maximum de 60 jours. Le calendrier de publication relève de la responsabilité de la Direction, qui tiendra compte de l'opportunité de publication au sein du comité de rédaction de la revue.
Éditeur : Luís Cunha (UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
Critiques
Les propositions de critique, tant pour les œuvres écrites que pour les œuvres cinématographiques et documentaires, doivent être rédigées dans l'une des langues acceptées par la revue – portugais, anglais, espagnol et français – et ne peuvent excéder 1 500 mots. Sauf situations exceptionnelles, toujours définies en concertation avec la Direction, seules les critiques faisant référence à des ouvrages publiés ou édités au cours des cinq dernières années seront acceptées. Sans préjudice de toute proposition que le Comité éditorial pourrait juger pertinente, Etnográfica priorisera les critères suivants lors de la publication des critiques :
-- Œuvres faisant référence ou promouvant l'internationalisation d'œuvres portugaises et/ou lusophones.
-- Réception et diffusion au Portugal d'ouvrages de référence, considérés comme des contributions pertinentes aux débats contemporains en anthropologie.
-- Des œuvres provenant de contextes géographiques moins connus, ni européens ni nord-américains.
La réception des propositions de publication est ouverte en permanence, le Comité éditorial étant responsable de l'acceptation ou du refus des propositions, décision qui sera communiquée aux proposants dans un délai maximum de 60 jours, la Direction étant responsable de la programmation de la publication respective.
Éditeur : Luís Cunha (UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
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