Articles
“Os chineses são universais, estão a invadir toda parte”: rumores e tensões acerca da presença chinesa no comércio cabo-verdiano
Vinícius Venancio
Os rumores, boatos e fofocas são parte constitutiva das sociedades e possuem um papel fundamental na coerção, controle e disciplinarização dos indivíduos em prol da coesão social. Eles tendem a emergir em momentos de tensões sociais e
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Reflexividade e política no texto etnográfico: representações e efeitos da escrita
Jaime Santos Júnior, Marilda Aparecida de Menezes
Em 2020, um ano após a realização de uma pesquisa que teve como objetivo principal analisar, comparativamente, os ciclos de greves de canavieiros, em Pernambuco, e de metalúrgicos de São Paulo e do ABC Paulista, que ocorreram em fins da década
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A perseguição legal à homossexualidade na Península Ibérica: séculos XIX e XX
Raquel Afonso
O quadro legal que serve de base à perseguição da homossexualidade em Portugal e no Estado espanhol surge antes do início das ditaduras ibéricas. Em Portugal, por exemplo, a I República cria legislação contra “os que praticam vícios
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Needs, rights and languages: an ethnographic study about inhabiting and making of citizenship in Buenos Aires
Ana Gretel Thomasz, Luciana Boroccioni
This article links the issues of the inhabit and housing rights with that of the making of citizenship, which are explored from an anthropological perspective. It is based on the ethographic work developed between 2015-2020 with the inhabitants of a
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“An evil hand”: on abolitionist feminists, sex workers and epistemic violence in Argentina
Deborah Daich
In June 2020, the Argentine Ministry of Development launched the National Registry of Popular Economy (ReNaTEP) which, among other categories, included sex workers and strippers. Sex workers’ organizations celebrated the possibility of registering
[+]Récursivités
Integrar refugiados e imigrantes no ensino superior em Portugal? Uma experiência de investigação/ação numa universidade portuguesa
Cristina Santinho, Dora Rebelo
O artigo surge a partir de uma investigação baseada em etnografia: observação participante, recolha de histórias de vida, entrevistas e testemunhos de refugiados e migrantes, residentes em Portugal. Centramo-nos numa experiência particular de
[+]Le livre et ses critiques
Liberdade para desejar
Victor Hugo de Souza Barreto
Parte do nosso compromisso no trabalho etnográfico é o de reconhecer nossos interlocutores como sujeitos de desejo. Mesmo que esses desejos, escolhas e vontades não sejam aqueles entendidos por nós, pesquisadores, como “bons”, “melhores”
[+]Le livre et ses critiques
Uma década e muitos acontecimentos depois: o que (re)ler dos possíveis liberalismos minoritários?
Paulo Victor Leite Lopes
A partir de um investimento etnográfico denso, o livro Minoritarian Liberalism: A Travesti Life in the Brazilian Favela, de Moisés Lino e Silva, traz interessantes reflexões a respeito dos limites ao (suposto) caráter universal e inequívoco em
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Neoliberalism, universities, and anthropology around the world: introduction
Virginia R. Dominguez, Mariano D. Perelman
The idea for this dossier began with a conversation over one of those long breakfasts given at conferences. It was 2014 and the blows of the 2008 economic crisis were still being felt strongly. There was growing concern in the academic field over
[+]Révision
“Useless degrees”, quality assurance, and employable graduates: neoliberal effects on University Education in Kenya
Mwenda Ntarangwi
At a time when it is critical to understand humanity and its various forms of socioeconomic and political life, anthropology and other social sciences are being threatened by a neoliberal emphasis on “relevant” courses in universities in Kenya.
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Anthropology from different angles: a tale of the neoliberal arts
Bonnie Urciuoli
A discipline’s value depends on the institutional position of its valuers. In U.S. liberal arts undergraduate education, trustees, marketers, and parents routinely link disciplinary value to “return on investment”. This market logic is evident
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Knowledge politics and labor precariousness in Spanish universities: implications for social anthropology
Alicia Reigada
Neoliberal reforms arising from Spain’s entrance into the European Higher Education Area (EHEA) have had major consequences for academic practice and unleashed heated debate in the university community and society. This article explores the main
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
The deterioration of anthropological work in Mexico during the 21st century
Luis Reygadas
This article analyzes how the working conditions for Mexican anthropologists have deteriorated throughout the last few decades. Until half a century ago, only a few dozen professional anthropologists practiced in Mexico, and most of them had access
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Hong Kong anthropologists within global neoliberalism and national and local politics
Gordon Mathews
There are global neoliberal pressures on the academy that are more or less faced by anthropologists around the world. To what extent are anthropologists required to publish in English in SSCI-ranked journals to keep their jobs and get promoted? But
[+]Révision
Ramon Sarró, Inventing an Alphabet: Writing, Art, and Kongo Culture in the DRC
João Pina-Cabral
This is a truly innovative ethnography about writing; a worthy anthropological response to Derrida’s deconstruction of the notion. It centers on the encounter between two marginal creators: a brilliant geometrician from Africa, and a seasoned
[+]Articles
Fazer antropologia na boca do urso
Diogo Henrique Novo Rocha
Fazer antropologia na boca do urso, sem descrições densas ou contextos teóricos, apenas numa dialética simples entre tensões do mundo ocidental “capitalista” e as cosmologias animistas do Norte. Uma pretensão que leva a antropóloga
[+]Editorial
25 de Abril, Sempre!
Humberto Martins
A Etnográfica celebra os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Não podia deixar de ser. Abril abriu, em Portugal e no Mundo, muitas portas para as Ciências Sociais. Áreas de saber vistas como perigosas e ameaçadoras do statu quo de regimes opressores
[+]Editorial
A antropologia e o 25 de Abril: introdução
Sónia Vespeira de Almeida, João Leal e Emília Margarida Marques
Este número da Etnográfica, comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, procura associar a comunidade dos antropólogos – professores, investigadores, profissionais da antropologia, antigos estudantes ou atuais estudantes – à evocação das
[+]Etnografias da revolução em revista
Ricos e Pobres no Alentejo: posfácio à edição portuguesa
José Cutileiro
Quando na Primavera de 1970 acabei de escrever A Portuguese Rural Society, estava convencido de que a fase de história económica e social do Alentejo iniciada no segundo quartel do século XIX teria ainda longos anos à sua frente e que as
[+]Etnografias da revolução em revista
Agrarian Reform in Southern Portugal
Sandra McAdam Clark e Brian Juan O’Neill
This paper1 has two main purposes: (a) to present some preliminary results from S. McAdam Clark’s recent research on the agrarian reform and related developments in Southern Portugal, and (b) to set forth a critique of José Cutileiro’s specific
[+]Etnografias da revolução em revista
Emigration and its implications for the revolution in Northern Portugal
Caroline B. Brettell
In October of 1973, the newly organized International Conference Group on Modern Portugal, spearheaded by Douglas Wheeler (historian), Joyce Riegelhaupt (anthropologist) and others, held its first meeting on the campus of the University of New
[+]Imagens do país em 1974-1976: ensaio de antropologia visual
Um outro Portugal de abril: os estudiosos não revolucionários do povo
Clara Saraiva
A “equipa maravilha” da antropologia portuguesa do século XX formou-se em torno da figura de António Jorge Dias, que completou na Universidade de Munique, em 1944, um doutoramento em Etnologia, com a tese Vilarinho da Furna, Um Povo
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Introdução a Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP
João Leal
No dia 27 de abril de 1974 – dois dias depois do 25 de Abril – caiu o “U” de ISCSPU (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina), renomeado no mesmo dia ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas).
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Recordações do 25 de Abril de 1974 no ISCSP
Filipe Ramires
O clima repressivo que perpassava pela Academia de Lisboa nos anos anteriores ao 25 de Abril de 1974 também se fazia sentir no então ISCSPU. O controlo político-repressivo efectuado pela direcção da escola, nomeadamente através de certos
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Tempos de extremos
Luís Souta
Entrei na universidade em 1970, depois de ter realizado, em finais de Outubro, o “exame de admissão”, escrito e oral – Língua e Literatura Portuguesa e Geografia Geral, segundo as “matérias estabelecidas no programa oficial do 7.º ano
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Memórias do ISCSP(U) antes e depois do 25 de Abril de 1974
Dulcinea Gil
Terminado o liceu (ensino secundário) da alínea B, no Liceu Nacional de Faro, fui para Lisboa, a fim de frequentar o curso de Filologia Germânica da Faculdade Letras da Universidade de Lisboa.1 Fiquei desiludida com o curso quando percebi que, ao
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
25 de Abril de 1974: meio século depois – levitando
Maria da Luz Alexandrino
Em Lisboa sentia-se electricidade no ar – estava tudo de nervos em franja. Informações sussurradas nos cafés e nas esquinas sobre movimentos de militares, especialmente de capitães democráticos; sobre a tentativa de golpe de Março nas Caldas
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
A Universidade e o 25 de Abril: o ISCSP e a Antropologia
José Fialho Feliciano
Em 25 de Abril de 1974 estudava em várias universidades de Paris, modeladas, de formas diferentes, pelos ventos de mudança de Maio de 1968. Em Jussieu (Paris VII – Faculté des Sciences) fizera o bacharelato (DEUG) em Ciências da Sociedade,
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Do ISCSPU… ao ISCSP!
José Cardim
Foi em 1960 que, estando eu em Angola e interno numa escola no Sul do país, sucedeu no Norte a primeira “insurreição moderna” nas colónias portuguesas. Tinha antes vivido e estudado em Lisboa, em Luanda, Lourenço Marques e… no
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Comentário final – o 25 de Abril e a queda do U: apontamentos sobre memória e revoluções
José Neves
Para aquele lisboeta que descobriu que já não tinha creme de barbear em casa, o dia 25 de abril de 1974 começou mal. Ainda assim, o homem saiu à rua e foi aí e então que se inteirou do que estaria a acontecer na cidade: uma revolução. Os
[+]Etnografias da revolução, hoje
Etnografia retrospectiva 2.0: o gesto artístico na revolução
Sónia Vespeira de Almeida
Este artigo interroga as práticas artísticas na revolução no quadro das Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA (1974-1975). Parte da revisitação de um corpus de dados recolhidos no âmbito de uma investigação publicada
[+]Etnografias da revolução em revista
Portugueses retornados: memória, cidadania e identidade (pós-)imperial
Elsa Peralta e Bruno Góis
Com o fim do império colonial, na sequência da Revolução do 25 de Abril de 1974, as fronteiras e a identidade da nação portuguesa são redefinidas. Neste contexto, foram repatriados das ex-colónias para Portugal cerca de meio milhão de
[+]Etnografias da revolução, hoje
Recusar o império da ignorância: compassos das revoluções em Angola e Portugal na obra tardia de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010)
Inês Ponte
Ao lidar com as convulsões políticas do passado de Angola, a obra literária mais tardia do antropólogo Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010), angolano de origem portuguesa, proporciona refletir sobre a revolução dos cravos em Portugal. Não é
[+]Etnografias da revolução, hoje
A revolução no campo: revisitação de um conflito socioambiental no pós-25 de Abril numa aldeia da Beira Baixa
Pedro Gabriel Silva
Na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, uma aldeia do concelho de Belmonte foi palco, durante seis anos, de um conflito que opôs um grupo de proprietários minifundiários e parte da comunidade a uma empresa mineira. Neste artigo,
[+]Etnografias da revolução, hoje
25 de Abril × 50 anos de escrita na cidade
Cristina Pratas Cruzeiro, Ricardo Campos e Cláudia Madeira
Neste artigo pretendemos revisitar um dos palcos privilegiados para a expressão dos cidadãos – a rua e o espaço público urbano – a partir do legado das pichagens e murais realizados durante o período revolucionário do 25 de Abril de 1974
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Portugal 2024, imaginado desde o 25 de Abril
Nuno Domingos
O presente é uma condição inevitável da produção de uma investigação que responda ao desafio da Etnográfica: escrever um ensaio acerca do que gostaria de pesquisar se tivesse tido a oportunidade de acompanhar in loco a revolução de 25 de
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Processos revolucionários em discurso: descentralizando e desconstruindo os impactos do 25 de Abril em Angola
Ruy Llera Blanes
É já um lugar-comum afirmar o papel fulcral que o 25 de Abril de 1974 teve no processo de descolonização das colónias portuguesas em África, nomeadamente no que diz respeito à incorporação da descolonização como desígnio do programa do
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Projetos contestados de reprodução social durante o processo revolucionário: necessidades humanas e horizontes de valor
Patrícia Alves de Matos
Se pudesse escolher uma temática de investigação sobre o período revolucionário português, qual seria? Foi este o desafio que os editores me colocaram. Inicialmente pensei em velhas ideias que tinha tido quando terminei a minha licenciatura em
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Revolução, turismo e antropologia
Marta Prista
Avril au Portugal. Pela mão do Comissariado de Turismo, o Estado Novo promoveu a viagem a Portugal recebendo os estrangeiros no dia do turista com flores, souvenirs e sorrisos de jovens trajadas à imagem do país que se queria.2 Em 1974, uns dias
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Nota sobre a capa
Constança Arouca
A caminho da exposição do Mário Cesariny, no MAAT, e já com a capa da celebração dos 50 anos do 25 de Abril em mente, pela primeira vez estive a observar com atenção a intervenção dos 48 artistas, na reinterpretação de 2022 do mural do
[+]Sections
SOUMISSION DES PROPOSITIONS
Toutes les propositions doivent être envoyées à : etnografica@cria.org.pt
avec pour objet : soumission de proposition FORUM AGORA [nom de la section concernée].
SECTIONS EXCLUSIVES AGORA
Notes rapides
Section ayant un profil de blog. Elle peut contenir des articles indépendants et originaux, mais aussi de courtes réflexions d'auteurs de textes publiés dans la revue, offrant une version plus "populaire", sous forme de blog, de l'article en question.
Jusqu'à 1000 mots. Publication permanente. Relecture par les éditeurs.
Éditeur : Octávio Sacramento (UTAD, CETRAD, Portugal)
Raccourcis
Articles de revues édités pour une lecture en ligne en format surligné, uniquement pour les articles du numéro en cours ; textes résumés avec des photographies ou d'autres contenus que le papier ne permet pas.
Jusqu'à 500 mots. Publication permanente. Relecture par les éditeurs. Possibilité d'inclure des photographies, des vidéos et du matériel audio.
Éditeur : Humberto Martins (UTAD, UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
"Des archives"
Nous ouvrons la porte des archives et jetons un regard neuf sur l'anthropologie publiée dans Etnográfica depuis 1997. Tous les quatre mois, un éditeur invité propose une sélection de relectures autour d'un axe thématique (ou géographique, ou temporel, ou...) défini par ses intérêts de recherche, ou par ce qui, dans le monde d'aujourd'hui, l'interpelle le plus en tant que chercheur.
Texte de présentation de la sélection, rédigé par l'invité. Jusqu'à 1000 mots. Sélection de 8 articles maximum. Tous les quatre mois.
Editeur : Emília Margarida Marques (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
Section Multimodale - Audiovisuel
Cette section publie des contributions originales qui expérimentent la multimodalité dans un engagement avec la pratique ethnographique qui enrichit l'écriture. Nous encourageons la soumission d'essais qui intègrent des formats visuels, tels que la photographie, le dessin, le graphisme et l'audiovisuel, ou le son, dans le cadre de leur réflexion ethnographique.
Jusqu'à 6 000 mots. Les images valent 200 mots chacune. Vidéo et audio jusqu'à 20 minutes.
Essai - révision par l'éditeur et des pairs invités, éventuellement anonymisés.
Les spécifications techniques doivent être convenues avec l'éditeur.
Éditeur : Inês Ponte (ICS-ULisboa, Portugal)
Anthropologie Urgente
Des articles sous forme de courts essais sur des thématiques pressantes relevant du double champ d’une anthropologie de l’urgence et d’une anthropologie des affections, mais qui marquent aussi les agendas publics ou explorent des réalités et phénomènes invisibles.
Revue par les éditeurs. Publication permanente. Délai de publication jusqu'à 3 mois. Sur soumission ou sur invitation de l'éditeur.
Entre 2000 et 2500 mots. Cela peut inclure de la photographie, de la vidéo et de l’audio.
Éditeur : Renata Gonçalves (U. Fluminense, Brésil)
Notes de terrain
Des textes courts et originaux qui offrent un premier regard, ou un regard transversal sur une expérience de terrain avec des vignettes éclairantes. Ils peuvent incorporer des représentations multimodales et appartenir à n’importe quel genre littéraire. L'inclusion de dessins, d'images et de photographies liés à la recherche est encouragée.
Revue par les éditeurs. Matériel audiovisuel : chaque image vaut 200 mots. Vidéo et audio jusqu'à 6 min.
Maximum 2500 mots.
Editeurs : Antonádia Borges (UFRJ, Brésil) ; Cyril Isnart (IDEMEC, France ; CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal); Ernesto Martínez Fernández (Universidade de Sevilha, Espanha); Humberto Martins (UTAD, UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal) ;
Lado B
Textes inédits dans un format non académique, avec liberté d'auteur et éditoriale. L'idée est basée sur le partage de textes sauvegardés et non édités qui peuvent découler d'intérêts académiques ou scientifiques, mais qui, pour une raison quelconque, n'ont pas été transformés en un produit convenu sous forme d'article ou de chapitre. Une place est également accordée à la répétition et à l'expérimentation avec une ouverture sur d'autres domaines (littérature, cinéma…).
Organisé par l'éditeur.
Maximum 6000 mots.
Editeur : Chiara Pussetti (ICS-ULisboa, Portugal)
NOUVELLES SECTIONS - REVUE ET AGORA
Found in translation
Cette rubrique vise à donner une place aux textes périphériques ou hors circulation académique, pour des raisons linguistiques ou épistémologiques. De nombreux textes non traduits dans les langues dominantes ou déjà intégrés dans le circuit mondial des revues de sciences sociales conduisent à une diffusion et à une reproduction déséquilibrées des paradigmes de pensée établis. Etnografia propose ainsi de porter sur le forum de discussion une production parfois méconnue et stimulante de ces mêmes paradigmes, en termes de contenu, de style et de format. Cela peut inclure des traductions d'œuvres provenant de langues et de circuits périphériques à ceux de la production dominante dans le monde universitaire, ainsi que d'autres domaines disciplinaires et/ou ontologiques.
Extension variable. Publication annuelle. Texte de présentation.
Maximum 1000 mots.
Editeur invité 2024 : Francisco Freire (NOVA-FCSH, CRIA-NOVA FCSH/IN2PAST)
The cut : des thèmes d'actualité en dialogue
Dans cette section, les éditeurs proposent un essai stimulant qui remettra en question et poussera la pensée théorico-anthropologique. Cette pièce peut également inclure des méthodologies ethnographiques de pointe et proposera quelque chose de nouveau et de controversé, dans le cadre des paramètres du bon sens universitaire professionnel. Trois commentateurs différents répondront à ces provocations avec leurs propres pensées, basées sur leur expérience anthropologique, avec des perspectives critiques. L’auteur de l’article principal dispose d’un espace pour une réponse finale.
Maximum 7 000 mots.
Article principal en provocation : 3000 mots.
Concurrent 1 : 1000 mots ; Concurrent 2 : 1000 mots.
Concurrent 3 : 1000 mots ; Réponse de l'auteur principal : 1000 mots.
Il est publié une fois par an. Invitation et révision par les éditeurs.
Éditeurs : Diana Espírito Santo (U. Católica, Chili) et Ruy Blanes (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
Le livre et ses critiques
Quatre relecteurs-essayistes sont invités à examiner de manière critique un ouvrage récent ayant des implications théoriques et/ou méthodologiques significatives en anthropologie. Chaque critique créera un bref résumé du livre, de son point de vue, et un commentaire critique sur certains aspects du livre, ainsi que des questions en suspens et d'autres problèmes qui laisseront de la place à l'auteur pour répondre plus tard. L'auteur du livre dispose d'un espace pour répondre aux quatre critiques à la fin de l'article.
Maximum 6000 mots.
Commentateur/critique 1 : 1000 mots ; Commentateur/critique 2 : 1000 mots
Commentateur/critique 3 : 1000 mots ; Commentateur/critique 4 : 1000 mots
Réponse de l'auteur : 2000 mots
Il est publié une fois par an. Invitation et révision par les éditeurs.
Éditeurs : Diana Espírito Santo (U. Católica, Chili) et Ruy Blanes (CRIA-Iscte/IN2PAST, Portugal)
SECTIONS DÉJÀ EXISTANTES - REVUE ET AGORA
Entretiens
La publication d'entretiens dans Etnográfica sera favorisée sur proposition de la Direction, et pourra également résulter de propositions émanant directement des collaborateurs. Dans le premier cas, les interviews s'inscrivent dans le cadre du projet éditorial de la revue, suivant un plan défini dans le cadre du Comité de rédaction. Concernant les propositions faites par les collaborateurs, elles doivent respecter les critères suivants :
Ils ne peuvent excéder 7 500 mots, références bibliographiques comprises, ni excéder 40 minutes dans le cas d'entretiens enregistrés (son ou vidéo).
Ils doivent être orientés pour mettre en évidence l’un des éléments suivants :
-- Parcours scientifique/académique de la personne interrogée.
-- Analyse et/ou commentaire critique sur des travaux récents (pas plus de trois ans après publication).
-- Insertion de l'interviewé dans un courant théorique et discussion/confrontation correspondante avec d'autres auteurs et/ou courants.
-- Présentation et discussion correspondante autour de concepts et/ou catégories proposés par l'auteur ou faisant référence à son œuvre.
La réception des propositions d'interviews est ouverte en permanence, la revue s'engageant à donner son accord ou à manifester son désintérêt à leur égard dans un délai maximum de 60 jours. Le calendrier de publication relève de la responsabilité de la Direction, qui tiendra compte de l'opportunité de publication au sein du comité de rédaction de la revue.
Éditeur : Luís Cunha (UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
Critiques
Les propositions de critique, tant pour les œuvres écrites que pour les œuvres cinématographiques et documentaires, doivent être rédigées dans l'une des langues acceptées par la revue – portugais, anglais, espagnol et français – et ne peuvent excéder 1 500 mots. Sauf situations exceptionnelles, toujours définies en concertation avec la Direction, seules les critiques faisant référence à des ouvrages publiés ou édités au cours des cinq dernières années seront acceptées. Sans préjudice de toute proposition que le Comité éditorial pourrait juger pertinente, Etnográfica priorisera les critères suivants lors de la publication des critiques :
-- Œuvres faisant référence ou promouvant l'internationalisation d'œuvres portugaises et/ou lusophones.
-- Réception et diffusion au Portugal d'ouvrages de référence, considérés comme des contributions pertinentes aux débats contemporains en anthropologie.
-- Des œuvres provenant de contextes géographiques moins connus, ni européens ni nord-américains.
La réception des propositions de publication est ouverte en permanence, le Comité éditorial étant responsable de l'acceptation ou du refus des propositions, décision qui sera communiquée aux proposants dans un délai maximum de 60 jours, la Direction étant responsable de la programmation de la publication respective.
Éditeur : Luís Cunha (UMinho, CRIA-UMinho/IN2PAST, Portugal)
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