Artigos
Vinícius Venancio
Os rumores, boatos e fofocas são parte constitutiva das sociedades e possuem um papel fundamental na coerção, controle e disciplinarização dos indivíduos em prol da coesão social. Eles tendem a emergir em momentos de tensões sociais e
[+]Artigos
Jaime Santos Júnior, Marilda Aparecida de Menezes
Em 2020, um ano após a realização de uma pesquisa que teve como objetivo principal analisar, comparativamente, os ciclos de greves de canavieiros, em Pernambuco, e de metalúrgicos de São Paulo e do ABC Paulista, que ocorreram em fins da década
[+]Artigos
Raquel Afonso
O quadro legal que serve de base à perseguição da homossexualidade em Portugal e no Estado espanhol surge antes do início das ditaduras ibéricas. Em Portugal, por exemplo, a I República cria legislação contra “os que praticam vícios
[+]Artigos
Ana Gretel Thomasz, Luciana Boroccioni
Este artículo entrecruza las problemáticas del habitar y el derecho a la vivienda con la de la construcción de ciudadanía, a las que explora desde una perspectiva antropológica. Retoma el trabajo etnográfico desarrollado entre 2015 y 2020 con
[+]Artigos
Deborah Daich
En junio de 2020 fue lanzado, desde el Ministerio de Desarrollo argentino, el Registro Nacional de la Economía Popular (ReNaTEP) que, entre otras categorías, incluyó las de trabajadora sexual y stripper. Las organizaciones de trabajadoras
[+]Recursividad
Cristina Santinho, Dora Rebelo
O artigo surge a partir de uma investigação baseada em etnografia: observação participante, recolha de histórias de vida, entrevistas e testemunhos de refugiados e migrantes, residentes em Portugal. Centramo-nos numa experiência particular de
[+]El libro y sus críticos
Victor Hugo de Souza Barreto
Parte do nosso compromisso no trabalho etnográfico é o de reconhecer nossos interlocutores como sujeitos de desejo. Mesmo que esses desejos, escolhas e vontades não sejam aqueles entendidos por nós, pesquisadores, como “bons”, “melhores”
[+]El libro y sus críticos
Paulo Victor Leite Lopes
A partir de um investimento etnográfico denso, o livro Minoritarian Liberalism: A Travesti Life in the Brazilian Favela, de Moisés Lino e Silva, traz interessantes reflexões a respeito dos limites ao (suposto) caráter universal e inequívoco em
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Virginia R. Dominguez, Mariano D. Perelman
The idea for this dossier began with a conversation over one of those long breakfasts given at conferences. It was 2014 and the blows of the 2008 economic crisis were still being felt strongly. There was growing concern in the academic field over
[+]Reseñas
Mwenda Ntarangwi
At a time when it is critical to understand humanity and its various forms of socioeconomic and political life, anthropology and other social sciences are being threatened by a neoliberal emphasis on “relevant” courses in universities in Kenya.
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Bonnie Urciuoli
A discipline’s value depends on the institutional position of its valuers. In U.S. liberal arts undergraduate education, trustees, marketers, and parents routinely link disciplinary value to “return on investment”. This market logic is evident
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Alicia Reigada
Neoliberal reforms arising from Spain’s entrance into the European Higher Education Area (EHEA) have had major consequences for academic practice and unleashed heated debate in the university community and society. This article explores the main
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Luis Reygadas
This article analyzes how the working conditions for Mexican anthropologists have deteriorated throughout the last few decades. Until half a century ago, only a few dozen professional anthropologists practiced in Mexico, and most of them had access
[+]Dossiê "Neoliberalism, universities, and Anthropology around the world"
Gordon Mathews
There are global neoliberal pressures on the academy that are more or less faced by anthropologists around the world. To what extent are anthropologists required to publish in English in SSCI-ranked journals to keep their jobs and get promoted? But
[+]Reseñas
João Pina-Cabral
This is a truly innovative ethnography about writing; a worthy anthropological response to Derrida’s deconstruction of the notion. It centers on the encounter between two marginal creators: a brilliant geometrician from Africa, and a seasoned
[+]Artigos
Diogo Henrique Novo Rocha
Fazer antropologia na boca do urso, sem descrições densas ou contextos teóricos, apenas numa dialética simples entre tensões do mundo ocidental “capitalista” e as cosmologias animistas do Norte. Uma pretensão que leva a antropóloga
[+]Editorial
Humberto Martins
A Etnográfica celebra os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Não podia deixar de ser. Abril abriu, em Portugal e no Mundo, muitas portas para as Ciências Sociais. Áreas de saber vistas como perigosas e ameaçadoras do statu quo de regimes opressores
[+]Editorial
Sónia Vespeira de Almeida, João Leal e Emília Margarida Marques
Este número da Etnográfica, comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, procura associar a comunidade dos antropólogos – professores, investigadores, profissionais da antropologia, antigos estudantes ou atuais estudantes – à evocação das
[+]Etnografias da revolução em revista
José Cutileiro
Quando na Primavera de 1970 acabei de escrever A Portuguese Rural Society, estava convencido de que a fase de história económica e social do Alentejo iniciada no segundo quartel do século XIX teria ainda longos anos à sua frente e que as
[+]Etnografias da revolução em revista
Sandra McAdam Clark e Brian Juan O’Neill
This paper1 has two main purposes: (a) to present some preliminary results from S. McAdam Clark’s recent research on the agrarian reform and related developments in Southern Portugal, and (b) to set forth a critique of José Cutileiro’s specific
[+]Etnografias da revolução em revista
Caroline B. Brettell
In October of 1973, the newly organized International Conference Group on Modern Portugal, spearheaded by Douglas Wheeler (historian), Joyce Riegelhaupt (anthropologist) and others, held its first meeting on the campus of the University of New
[+]Imagens do país em 1974-1976: ensaio de antropologia visual
Clara Saraiva
A “equipa maravilha” da antropologia portuguesa do século XX formou-se em torno da figura de António Jorge Dias, que completou na Universidade de Munique, em 1944, um doutoramento em Etnologia, com a tese Vilarinho da Furna, Um Povo
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
João Leal
No dia 27 de abril de 1974 – dois dias depois do 25 de Abril – caiu o “U” de ISCSPU (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina), renomeado no mesmo dia ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas).
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Filipe Ramires
O clima repressivo que perpassava pela Academia de Lisboa nos anos anteriores ao 25 de Abril de 1974 também se fazia sentir no então ISCSPU. O controlo político-repressivo efectuado pela direcção da escola, nomeadamente através de certos
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Luís Souta
Entrei na universidade em 1970, depois de ter realizado, em finais de Outubro, o “exame de admissão”, escrito e oral – Língua e Literatura Portuguesa e Geografia Geral, segundo as “matérias estabelecidas no programa oficial do 7.º ano
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Dulcinea Gil
Terminado o liceu (ensino secundário) da alínea B, no Liceu Nacional de Faro, fui para Lisboa, a fim de frequentar o curso de Filologia Germânica da Faculdade Letras da Universidade de Lisboa.1 Fiquei desiludida com o curso quando percebi que, ao
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Maria da Luz Alexandrino
Em Lisboa sentia-se electricidade no ar – estava tudo de nervos em franja. Informações sussurradas nos cafés e nas esquinas sobre movimentos de militares, especialmente de capitães democráticos; sobre a tentativa de golpe de Março nas Caldas
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
José Fialho Feliciano
Em 25 de Abril de 1974 estudava em várias universidades de Paris, modeladas, de formas diferentes, pelos ventos de mudança de Maio de 1968. Em Jussieu (Paris VII – Faculté des Sciences) fizera o bacharelato (DEUG) em Ciências da Sociedade,
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
José Cardim
Foi em 1960 que, estando eu em Angola e interno numa escola no Sul do país, sucedeu no Norte a primeira “insurreição moderna” nas colónias portuguesas. Tinha antes vivido e estudado em Lisboa, em Luanda, Lourenço Marques e… no
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
José Neves
Para aquele lisboeta que descobriu que já não tinha creme de barbear em casa, o dia 25 de abril de 1974 começou mal. Ainda assim, o homem saiu à rua e foi aí e então que se inteirou do que estaria a acontecer na cidade: uma revolução. Os
[+]Etnografias da revolução, hoje
Sónia Vespeira de Almeida
Este artigo interroga as práticas artísticas na revolução no quadro das Campanhas de Dinamização Cultural e Acção Cívica do MFA (1974-1975). Parte da revisitação de um corpus de dados recolhidos no âmbito de uma investigação publicada
[+]Etnografias da revolução em revista
Elsa Peralta e Bruno Góis
Com o fim do império colonial, na sequência da Revolução do 25 de Abril de 1974, as fronteiras e a identidade da nação portuguesa são redefinidas. Neste contexto, foram repatriados das ex-colónias para Portugal cerca de meio milhão de
[+]Etnografias da revolução, hoje
Inês Ponte
Ao lidar com as convulsões políticas do passado de Angola, a obra literária mais tardia do antropólogo Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010), angolano de origem portuguesa, proporciona refletir sobre a revolução dos cravos em Portugal. Não é
[+]Etnografias da revolução, hoje
Pedro Gabriel Silva
Na sequência da revolução de 25 de Abril de 1974, uma aldeia do concelho de Belmonte foi palco, durante seis anos, de um conflito que opôs um grupo de proprietários minifundiários e parte da comunidade a uma empresa mineira. Neste artigo,
[+]Etnografias da revolução, hoje
Cristina Pratas Cruzeiro, Ricardo Campos e Cláudia Madeira
Neste artigo pretendemos revisitar um dos palcos privilegiados para a expressão dos cidadãos – a rua e o espaço público urbano – a partir do legado das pichagens e murais realizados durante o período revolucionário do 25 de Abril de 1974
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Nuno Domingos
O presente é uma condição inevitável da produção de uma investigação que responda ao desafio da Etnográfica: escrever um ensaio acerca do que gostaria de pesquisar se tivesse tido a oportunidade de acompanhar in loco a revolução de 25 de
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Ruy Llera Blanes
É já um lugar-comum afirmar o papel fulcral que o 25 de Abril de 1974 teve no processo de descolonização das colónias portuguesas em África, nomeadamente no que diz respeito à incorporação da descolonização como desígnio do programa do
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Patrícia Alves de Matos
Se pudesse escolher uma temática de investigação sobre o período revolucionário português, qual seria? Foi este o desafio que os editores me colocaram. Inicialmente pensei em velhas ideias que tinha tido quando terminei a minha licenciatura em
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Marta Prista
Avril au Portugal. Pela mão do Comissariado de Turismo, o Estado Novo promoveu a viagem a Portugal recebendo os estrangeiros no dia do turista com flores, souvenirs e sorrisos de jovens trajadas à imagem do país que se queria.2 Em 1974, uns dias
[+]O que gostarias de ter estudado em 1974?
Constança Arouca
A caminho da exposição do Mário Cesariny, no MAAT, e já com a capa da celebração dos 50 anos do 25 de Abril em mente, pela primeira vez estive a observar com atenção a intervenção dos 48 artistas, na reinterpretação de 2022 do mural do
[+]Interview with Rosa Maria Perez, anthropologist, integrated researcher at CRIA-Iscte, retired Professor in the Anthropology department at Iscte and Professor at the Indian Institute of Technology, Gandhinagar, India.
Starting with the experience of coming into contact with the discipline of anthropology, this interview covers the researcher's work in India, which began with her doctorate and resulted in the publication of ‘Kings and Untouchables. A study of the caste system in North-West India’ (translated into English by Orient Blackswan in 2004) and which has been consolidated into a specialisation in the context of India, particularly around issues of marginality, both social and gender. These were and are the leitmotif of his research, both in Gujarat and Goa. In Goa, the ethnographic realities studied by Rosa Maria Perez reveal complexities that contribute to the construction of a view that goes beyond the dominant perspective of studies that reduce this context to spaces of colonial memory. The interview also addresses the scarcity of methodological reflections on fieldwork done by women and with women in the context of India and its populations, and the need to counteract this silencing and give a voice to women, both researchers and participants in their research. It ends with a reflection on the role and impact of anthropology on society, given the potential of collaborative and public anthropology, combined with rigorous ethics, to denounce situations of human devaluation which, in the case of India as elsewhere, pose scientific and societal challenges for contemporary anthropology.
The interview was conducted by Inês Lourenço at the FCCN studios on 22 May 2024.
Entrevista a Rosa Maria Perez, antropóloga, investigadora integrada do CRIA-Iscte, Professora jubilada do departamento de Antropologia do Iscte e Professora no Indian Institute of Technology, Gandhinagar, Índia.
Começando pela experiência de contacto com a disciplina da antropologia, esta entrevista estende-se pelo trabalho da investigadora na Índia, que teve início no seu doutoramento e que resultou na publicação de “Reis e Intocáveis. Um estudo do sistema de castas no Noroeste da Índia” (traduzido para inglês pela Orient Blackswan em 2004) e que se foi consolidando numa especialização no contexto da Índia, particularmente em torno de questões de marginalidade, quer social, quer de género. Estas foram e são o fio condutor das suas pesquisas, quer no Gujarate, quer em Goa. Em Goa, as realidades etnográficas estudadas por Rosa Maria Perez revelam complexidades que contribuem para a construção de um olhar que vai além da perspectiva dominante dos estudos que reduzem este contexto aos espaços de memória colonial. A entrevista aborda também a escassez de reflexões metodológicas sobre trabalho de campo feito por mulheres e com mulheres no contexto da Índia e das suas populações, e a necessidade de contrariar este silenciamento e de dar voz a mulheres, quer investigadoras, quer participantes nas suas investigações. Termina com uma reflexão sobre o papel e o impacto da antropologia na sociedade, dado o potencial da antropologia colaborativa e pública, aliado a uma ética rigorosa, para denunciar situações de desvalorização humana que, no caso da Índia, como noutros lugares, desempenham desafios científicos e societais para a antropologia contemporânea.
A entrevista foi conduzida por Inês Lourenço, e realizada nos estúdios da FCCN, a 22 de maio de 2024.
Entrevista a Rosa María Pérez, antropóloga, investigadora integrada en CRIA-Iscte, profesora jubilada del departamento de Antropología de Iscte y profesora del Indian Institute of Technology, Gandhinagar, India.
Partiendo de la experiencia de entrar en contacto con la disciplina de la antropología, esta entrevista recorre el trabajo de la investigadora en la India, que comenzó con su doctorado y desembocó en la publicación de «Kings and Untouchables. A study of the caste system in North-West India» (traducido al inglés por Orient Blackswan en 2004) y que se ha consolidado en una especialización en el contexto de la India, en particular en torno a las cuestiones de marginalidad, tanto social como de género. Éstas fueron y son el leitmotiv de sus investigaciones, tanto en Gujarat como en Goa. En Goa, las realidades etnográficas estudiadas por Rosa María Pérez revelan complejidades que contribuyen a la construcción de una mirada que va más allá de la perspectiva dominante de los estudios que reducen este contexto a espacios de memoria colonial. La entrevista también aborda la escasez de reflexiones metodológicas sobre el trabajo de campo realizado por mujeres y con mujeres en el contexto de la India y sus poblaciones, y la necesidad de contrarrestar este silenciamiento y dar voz a las mujeres, tanto investigadoras como participantes en sus investigaciones. Concluye con una reflexión sobre el papel y el impacto de la antropología en la sociedad, dado el potencial de la antropología colaborativa y pública, combinada con una ética rigurosa, para denunciar situaciones de desvalorización humana que, en el caso de la India como en otros lugares, plantean retos científicos y sociales a la antropología contemporánea.
La entrevista fue realizada por Inês Lourenço en los estudios del FCCN el 22 de mayo de 2024.
Entretien avec Rosa Maria Perez, anthropologue, chercheur intégré au CRIA-Iscte, professeur retraité du département d'anthropologie de l'Iscte et professeur à l'Indian Institute of Technology, Gandhinagar, Inde.
Partant de l'expérience du contact avec la discipline anthropologique, cet entretien couvre le travail de la chercheuse en Inde, qui a commencé avec son doctorat et a abouti à la publication de « Kings and Untouchables. A study of the caste system in North-West India » (traduit en anglais par Orient Blackswan en 2004) et qui s'est consolidé en une spécialisation dans le contexte de l'Inde, notamment autour des questions de marginalité, tant sociale que de genre. Ces questions ont été et sont toujours le leitmotiv de ses recherches, tant au Gujarat qu'à Goa. À Goa, les réalités ethnographiques étudiées par Rosa Maria Perez révèlent des complexités qui contribuent à la construction d'un regard qui dépasse la perspective dominante des études qui réduisent ce contexte à des espaces de mémoire coloniale. L'entretien aborde également la rareté des réflexions méthodologiques sur le travail de terrain réalisé par les femmes et avec les femmes dans le contexte de l'Inde et de ses populations, et la nécessité de contrer ce silence et de donner la parole aux femmes, à la fois chercheuses et participantes à leurs recherches. Il se termine par une réflexion sur le rôle et l'impact de l'anthropologie sur la société, étant donné le potentiel de l'anthropologie collaborative et publique, combinée à une éthique rigoureuse, pour dénoncer les situations de dévalorisation humaine qui, dans le cas de l'Inde comme ailleurs, posent des défis scientifiques et sociétaux à l'anthropologie contemporaine.
L'entretien a été réalisé par Inês Lourenço dans les studios du FCCN le 22 mai 2024.