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Vol. 29 (1)
2025



artigos

“Chega desta falsa guerra”: ecologias de valor, operários e ambientalistas na Itália do Sul

Antonio Maria Pusceddu

Este artigo mobiliza as ecologias de valor como um quadro concetual para dar conta dos conflitos, contradições e dilemas decorrentes da experiência da crise socioecológica contemporânea. Baseia-se num trabalho de campo etnográfico em Brindisi,

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artigos

“Evitar que queden a la deriva”: desafíos de la práctica profesional en el sistema de salud mental argentino para niños/as y adolescentes

Axel Levin

Esta investigación etnográfica aborda las dificultades, prácticas, y estrategias de los/las profesionales del único hospital argentino especializado, íntegramente, en el tratamiento de problemáticas en salud mental de niños, niñas, y

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artigos

Fazendo Crianças: uma iconografia das ibejadas pelos centros, lojas e fábricas do Rio de Janeiro, Brasil

Morena Freitas

As ibejadas são entidades infantis que, junto aos caboclos, pretos-velhos, exus e pombagiras, habitam o panteão da umbanda. Nos centros, essas entidades se apresentam em coloridas imagens, alegres pontos cantados e muitos doces que nos permitem

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artigos

Migrar y seguir perteneciendo: intimidad, ausencia eclesiástica y competencia lúdica en la Anata-Carnaval aymara de Chiapa (Chile)

Pablo Mardones

El artículo analiza la fiesta de la Anata-Carnaval en el pueblo precordillerano Chiapa en la región de Tarapacá, Norte Grande de Chile. Se sugiere que esta celebración se constituye como evento principal de reproducción de sentidos de

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artigos

Hauntology e nostalgia nas paisagens turísticas de Sarajevo

Marta Roriz

Partindo de desenvolvimentos na teoria etnográfica e antropológica para os estudos do turismo urbano, este ensaio oferece uma descrição das paisagens turísticas de Sarajevo pela perspetiva do turista-etnógrafo, detalhando como o tempo se

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Memoria

David J. Webster em Moçambique: epistolário mínimo (1971-1979)

Lorenzo Macagno

O artigo comenta, contextualiza e transcreve o intercâmbio epistolar que mantiveram, entre 1971 e 1979, o antropólogo social David J. Webster (1945-1989) e o etnólogo e funcionário colonial português, António Rita-Ferreira (1922-2014).

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Dossier «Género y cuidados en la experiencia transnacional caboverdiana»

Género e cuidados na experiência transnacional cabo-verdiana: introdução

Luzia Oca González, Fernando Barbosa Rodrigues and Iria Vázquez Silva

Neste dossiê sobre o género e os cuidados na comunidade transnacional cabo-verdiana, as leitoras e leitores encontrarão os resultados de diferentes etnografias feitas tanto em Cabo Verde como nos países de destino da sua diáspora no sul da

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Dossier «Género y cuidados en la experiencia transnacional caboverdiana»

“Vizinhu ta trocadu pratu ku kada casa”… Cuidar para evitar a fome em Brianda, Ilha de Santiago de Cabo Verde

Fernando Barbosa Rodrigues

Partindo do terreno etnográfico – interior da ilha de Santiago de Cabo Verde – e com base na observação participante e em testemunhos das habitantes locais de Brianda, este artigo é uma contribuição para poder interpretar as estratégias

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Dossier «Género y cuidados en la experiencia transnacional caboverdiana»

“Eu já aguentei muita gente nessa vida”: sobre cuidados, gênero e geração em famílias cabo-verdianas

Andréa Lobo and André Omisilê Justino

Este artigo reflete sobre a categoria cuidado quando atravessada pelas dinâmicas de gênero e geração na sociedade cabo-verdiana. O ato de cuidar é de fundamental importância para as dinâmicas familiares nesta sociedade que é marcada por

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Dossier «Género y cuidados en la experiencia transnacional caboverdiana»

Cadeias globais de cuidados nas migrações cabo-verdianas: mulheres que ficam para outras poderem migrar

Luzia Oca González and Iria Vázquez Silva

Este artigo toma como base o trabalho de campo realizado com mulheres de quatro gerações, pertencentes a cinco famílias residentes na localidade de Burela (Galiza) e aos seus grupos domésticos originários da ilha de Santiago. Apresentamos três

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Dossier «Género y cuidados en la experiencia transnacional caboverdiana»

El difícil equilibrio entre trabajo y vida: arreglos para el cuidado de tres generaciones de migrantes caboverdianas

Keina Espiñeira González, Belén Fernández-Suárez and Antía Pérez-Caramés

La conciliación de las esferas personal, laboral y familiar de las personas migrantes es un tema emergente en los estudios migratorios de mano de conceptos como el de familia transnacional o las cadenas globales de cuidados. En esta contribución

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Debate

Estrangeiros universais: a “viragem ontológica” considerada de uma perspetiva fenomenológica

Filipe Verde

Este artigo questiona a consistência, razoabilidade e fecundidade das propostas metodológicas e conceção de conhecimento antropológico da “viragem ontológica” em antropologia. Tomando como ponto de partida o livro-manifesto produzido por

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Debate

Universos estrangeiros: ainda a polêmica virada ontológica na antropologia

Rogério Brittes W. Pires

O artigo “Estrangeiros universais”, de Filipe Verde, apresenta uma crítica ao que chama de “viragem ontológica” na antropologia, tomando o livro The Ontological Turn, de Holbraad e Pedersen (2017), como ponto de partida (2025a: 252).1 O

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Debate

Resposta a Rogério Pires

Filipe Verde

Se há evidência que a antropologia sempre reconheceu é a de que o meio em que somos inculturados molda de forma decisiva a nossa compreensão do mundo e de nós mesmos. Isso é assim para a própria antropologia e, portanto, ser antropólogo é

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Debate

Da ontologia da fenomenologia na antropologia: ensaio de resposta

Rogério Brittes W. Pires

Um erro do construtivismo clássico é postular que verdades alheias seriam construídas socialmente, mas as do próprio enunciador não. Que minha visão de mundo, do fazer antropológico e da ciência sejam moldadas por meu ambiente – em

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Nota sobre la cubierta

Nota sobre la cubierta

Pedro Calapez

© Pedro Calapez. 2023. (Pormenor) Díptico B; Técnica e Suporte: Acrílico sobre tela colada em MDF e estrutura em madeira. Dimensões: 192 x 120 x 4 cm. Imagem gentilmente cedidas pelo autor. Créditos fotográficos: MPPC / Pedro

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Vol. 28 (3)
2024



Artigos

Conveniências contingenciais: a antecipação como prática temporal dos inspetores do SEF na fronteira aeroportuária portuguesa

Mafalda Carapeto

Este artigo surge no seguimento do trabalho etnográfico realizado num aeroporto em Portugal, onde de junho de 2021 a abril de 2022 acompanhei nos vários grupos e turnos o quotidiano dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). A

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Artigos

Vida cotidiana y trayectorias vitales situadas de mujeres mayores (AMBA, provincia de Buenos Aires, Argentina): la incidencia de la pandemia por Covid-19

Ana Silvia Valero, María Gabriela Morgante y Julián Cueto

Este trabajo se propone dar cuenta de las intersecciones entre distintos aspectos de la vida cotidiana y las trayectorias vitales de personas mayores en un espacio barrial, y la incidencia de la pandemia por Covid-19. Se basa en el desarrollo

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Artigos

As reconfigurações do culture jamming no ambiente digital: o caso dos memes anticonsumismo na campanha #antiblackfriday (Brasil)

Liliane Moreira Ramos

Neste artigo discuto as reconfigurações do fenômeno chamado de culture jamming, característico da dimensão comunicativa do consumo político, a partir da apropriação de memes da Internet como uma ferramenta de crítica ao consumo. Com base na

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Artigos

Informal economies in Bairro Alto (Lisbon): the nocturnal tourist city explained through a street dealer’s life story

Jordi Nofre

The historical neighbourhood of Bairro Alto is the city’s most iconic nightlife destination, especially for tourists visiting Lisbon (Portugal). The expansion of commercial nightlife in this area has been accompanied by the increasing presence of

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Artigos

Una teoría pame de la fuerza: el caso de los xi'iui de la Sierra Gorda de Querétaro, México

Imelda Aguirre Mendoza

En este texto se analiza el término de fuerza (mana’ap) como un concepto nativo formulado por los pames (xi’iui) de la Sierra Gorda de Querétaro. Éste se encuentra relacionado con aspectos como la sangre, el alimento, lo frío, lo caliente,

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Artigos

Convergencias y bifurcaciones en las biografías y autobiografías de intelectuales indígenas de México y Brasil

Mariana da Costa Aguiar Petroni e Gabriel K. Kruell

En este artículo presentamos un ejercicio de reflexión sobre los retos que implica la escritura y el estudio de las biografías y autobiografías de intelectuales indígenas en diferentes escenarios geográficos, históricos y políticos: México

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Artigos

A história através do sacrifício e da predação: território existencial tikmũ,ũn nas encruzilhadas coloniais entre os estados brasileiros de Minas Gerais e Bahia

Douglas Ferreira Gadelha Campelo

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Artigos

“Pra virar gente”: a imitação afetuosa nas relações das crianças Capuxu com seus bichos

Emilene Leite de Sousa e Antonella Maria Imperatriz Tassinari

Este artigo analisa as experiências das crianças Capuxu com os animais de seu convívio diário, buscando compreender como as relações das crianças com estas espécies companheiras atravessam o tecido social Capuxu conformando o sistema

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Artigos

Laboratórios de ciências biológicas como práticas: uma leitura etnográfica da anatomia vegetal em uma universidade da caatinga (Bahia, Brasil)

Elizeu Pinheiro da Cruz e Iara Maria de Almeida Souza

Ancorado em anotações elaboradas em uma etnografia multiespécie, este texto formula uma leitura de laboratórios de ciências biológicas como práticas situantes de atores humanos e não humanos. Para isso, os autores trazem à baila plantas

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Interdisciplinariedad

Mapas sensíveis nos territórios abandonados de estações férreas na fronteira Brasil-Uruguai

Vanessa Forneck e Eduardo Rocha

Esta pesquisa cartografa e investiga os territórios criados em decorrência do abandono das estações férreas, acentuado a partir dos anos 1980, nas cidades gêmeas de Jaguarão-Rio Branco e Santana do Livramento-Rivera, na fronteira

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Multimodal Alt

Uma etnografia gráfica como forma de afeto e de memória: aflições, espíritos, e processos de cura nas igrejas Zione em Maputo

Giulia Cavallo

Em 2016, três anos depois de ter concluído o doutoramento, embarquei numa primeira tentativa de traduzir a minha pesquisa etnográfica, em Maputo entre igrejas Zione, para uma linguagem gráfica. Através de uma série de ilustrações

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Recursividad

Etnografía desantrópica: entre relatos apócrifos del agua, profundas dicotomías y habitares líquidos

Alejandro Vázquez Estrada e Eva Fernández

En este texto abordamos la posibilidad de deconstruir las relaciones – que tienen al agua como un recurso a disposición de los humanos – que han ordenado algunas dicotomías como la de anthropos-naturaleza estableciendo que existen

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Argumento

A Antropologia da Arte, a Antropologia – história, dilemas, possibilidades

Filipe Verde

Neste ensaio procuro primeiro identificar as razões do lugar marginal que a arte desde sempre ocupou no pensamento antropológico, sugerindo que elas são a influência da conceção estética de arte e da metafísica que suportou o projeto das

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Reseñas

Um jovem caçador de lixo na Mafalala, nas décadas de 1960 e 1970

Diogo Ramada Curto

Celso Mussane (1957-) é um pastor evangélico moçambicano. Licenciou-se na Suécia (1994) e tirou o curso superior de Teologia Bíblica na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, em Londrina no Brasil (2018). Entre 2019 e 2020, publicou

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Reseñas

Alberto Corsín Jiménez y Adolfo Estalella, Free Culture and the City: Hackers, Commoners, and Neighbors in Madrid, 1997-2017

Francisco Martínez

Este libro tiene tres dimensiones analíticas: primero, es una etnografía del movimiento de cultura libre en Madrid. Segundo, es un estudio histórico sobre la traducción de lo digital a lo urbano, favoreciendo una nueva manera de posicionarse en

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Financiado pela FCT, I. P. (UIDB/04038/2020 e UIDP/04038/2020)

© 2025 Revista Etnográfica

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Antropología urgente

Ecologias de sustantabilidad y redes de solidaridad: saberes y prácticas en el Valle de las Espinas (Ecuador) y Valle del Ribeira, São Paulo (Brasil)

Barbarita Lara, Marina Gomes, Maria Eliza Manteca, Diná Silva, Salomón Acosta, Nelson Espinoza, Jaqueline L. Silva, Aparecido Medeiros, Andrea Chávez, Génesis Delgado, Danielle Samia, Cleberson Moura, Daniela Balanzátegui, Francisco S. Noelli, Marianne Sallum

29.03.2025

communities of care, territory, climate change, traditional practices.

This article presents two active projects in the Chota Valley (Imbabura and Carchi provinces, Ecuador) and in the Ribeira Valley, Apiaí (São Paulo, Brazil). Both initiatives establish a dialogue on traditional sustainable ecologies within the contexts of Afro-descendant, indigenous, and traditional communities of South America, based on a line of profound collaborative proposals. The persistence and revitalization of ancestral practices are decisive in combating the policies destabilizing their histories. They are fundamental in the struggle against climate change, neoliberal extractivism, and large-scale deforestation, which generate processes of displacement, multi-level violence, and deterritorialization.

DOI: https://doi.org/10.25660/agora0029.qagv-e343

 

comunidades do cuidado, território, mudanças climáticas, práticas tradicionais.
Neste artigo damos conta de dois projetos ativos no Vale do Chota (províncias de Imbabura e Carchi, Equador) e no Vale do Ribeira, Apiaí (São Paulo, Brasil). Ambas as iniciativas estabelecem um diálogo sobre ecologias sustentáveis tradicionais no contexto de comunidades afrodescendentes, indígenas e tradicionais da América do Sul, com base em propostas colaborativas profundas. A persistência e a revitalização de práticas ancestrais são decisivas para combater as políticas que desestabilizam o curso de suas histórias. Elas são fundamentais na luta contra as mudanças climáticas, extrativismo neoliberal e desmatamento em larga escala que geram processos de deslocamento, violência em múltiplos níveis e desterritorialização.
comunidades del cuidado, territorio y cambio climático, prácticas tradicionales.

En este artículo, presentamos dos proyectos activos en el Valle del Chota (provincias de Imbabura y Carchi, Ecuador) y en el Valle del Ribeira, Apiaí (São Paulo, Brasil). Ambas as iniciativas establecen un encuentro sobre ecologías sustentables tradicionales que se presentan en los contextos de comunidades afrodescendientes, indígenas y tradicionales de Sudamérica, a partir de una línea de propuestas colaborativas profundas. La persistencia y la revitalización de prácticas ancestrales son decisivas para combatir las políticas que desestabilizan el curso de sus historias. Son fundamentales en la lucha contra el cambio climático, el extractivismo neoliberal y la deforestación a gran escala, que generan procesos de desplazamiento, violencia en múltiples niveles y desterritorialización.

communautés de soins, territoire et changement climatique, pratiques traditionnelles.
Dans cet article, nous présentons deux projets actifs dans la vallée de Chota (provinces d'Imbabura et de Carchi, Équateur) et dans la vallée de Ribeira, Apiaí (São Paulo, Brésil). Les deux initiatives établissent une rencontre sur les écologies traditionnelles durables qui sont présentes dans les contextes des communautés afro-descendantes, indigènes et traditionnelles en Amérique du Sud, sur la base d'une ligne de propositions collaboratives approfondies. La persistance et la revitalisation des pratiques ancestrales sont décisives dans la lutte contre les politiques qui déstabilisent le cours de leur histoire. Elles sont fondamentales dans la lutte contre le changement climatique, l'extractivisme néolibéral et la déforestation à grande échelle, qui génèrent des processus de déplacement, de violence à plusieurs niveaux et de déterritorialisation.

La sección Antropología Urgente se compone de artículos en forma de ensayos breves sobre temas acuciantes en el doble ámbito de una antropología de la urgencia y una antropología de los afectos, pero también de aquellos que marcan agendas públicas o exploran realidades y fenómenos invisibles.


Este ensayo visual incluye expresiones artísticas en el contexto de las memorias Afro-Indígenas en las Américas.  Invitamos a artistas, activistas, investigadores(as) y aliados(as), especialmente personas Afroecuatorianas Quilombolas/Cimarronas (del Valle del Chota, Esmeraldas y Guayaquil, Ecuador) e Indígenas Tupi Guarani (de la Tierra Indígena Pyátsagwêra (Piaçaguera), São Paulo, Brasil). Su participación en el "Seminario Internacional Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio" (University of Massachusetts-Boston, United States/Universidade de São Paulo, Brasil),  sirvió para presentar poéticamente estrategias de resistencia al colonialismo. El ensayo está tejido por memorias de supervivencia y esperanzas de futuros basados en reparación, liberación y justicia social, expresados a través de versos, canciones e imágenes de militancia sobre quienes seremos como pueblos hermandados.



Introducción

Marianne Sallum y Daniela Balanzátegui


Este cuarto artículo del seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural” (2023-2024) surge de una colaboración entre el Laboratorio Interdisciplinario de Investigaciones en Evolución, Cultura y Medio Ambiente (LEVOC) de la Universidad de São Paulo (Brasil), el Laboratório de Estudos de Arqueologia (LEA) de la Universidad Federal de São Paulo (Brasil) y los laboratorios de Arqueología Histórica de América Latina (LAHAL) y Arqueología Indígena de Nueva Inglaterra, ambos de la Universidad de Massachusetts Boston (UMass Boston/Estados Unidos). En este texto se unieron las voces de dos proyectos de investigación en Brasil y Ecuador, involucrando a representantes comunitarios, investigadores(as) y aliados(as) en temas relacionados con el fortalecimiento de prácticas de sustentabilidad, la transmisión de conocimientos entre generaciones, acciones solidarias y estrategias para enfrentar el cambio climático.


En Ecuador el proyecto denominado “El Valle de las Espinas” liderado por Barbarita Lara (Coordinadora Nacional de Mujeres Negras- Capítulo Carchi), coautora de este artículo (figura 1), nace desde el llamado de los Guardianes del Espino a la recuperación holística de las tradiciones alrededor del cuidado, uso y significado de varias especies de espinos que son parte de la botánica del Territorio Ancestral del Valle del Chota (provincias del Carchi e Imbabura). Este territorio forma parte de dos regiones: una en la provincia de Esmeraldas y otra en las provincias de Carchi e Imbabura. Estas áreas han sido tradicionalmente utilizadas por las poblaciones afrodescendientes desde su llegada forzada a Ecuador, permitiéndoles vivir en conexión armoniosa con el entorno andino en la lucha por la liberación. Los guardianes son líderes y lideresas que trabajan desde la base sostenibilidad ambiental y la lucha constante por la mitigación del cambio climático. La revitalización de memorias integra parte de la metodología del diálogo “casa adentro”, desde CONAMUNE-C y los guardianes de los saberes, para un mapeo de la geografía de interacción con el espino a través de la etnografía participativa comunitaria, y con base en un programa de etnoeducación (Pabón 2009). La investigación se desarrolla en colaboración con el LAHAL (UMass/Boston) y la Escuela de la Tradición Oral la Voz de los Ancestros (ETOVA), que, mediante el diálogo en el territorio, posiciona el relato de los saberes y prácticas ancestrales que han permitido la supervivencia y el manejo responsable de los territorios. Este artículo incluye diálogos con tres guardianes respecto a los cuales se llevó a cabo un mapeo inicial de sus recorridos, Don Nelson Espinosa (Comunidad de La Concepción), Don Salomón Acosta (Comunidad de Mascarilla) y Eliza Manteca (Comunidad de Guallupe) (ver figura 3).

Figura 1 – De izquierda a derecha y de arriba a abajo: guardianes Salomón Acosta y Barbarita Lara, Nelson Espinoza, Barbarita Lara y Eliza Manteca. Fotos: Daniel Congo y María Fernanda Espinoza 2024.

 

El segundo estudio se inserta en del proyecto “Género, Memorias y Materialidades de la Interacción/Confluencia: Mujeres Indígenas y Afrodescendientes en la Arqueología Histórica de São Paulo, Brasil”, Grupo de Trabajo en Arqueología del Género, la Persistencia y la Liberación, (ARGPEL[1]/LEA) desarrollado en la UNIFESP (Sallum 2024). Parte de este proyecto fue elaborado y está siendo llevado a cabo en colaboración con organizaciones de mujeres ceramistas de Apiaí, en el Valle del Ribeira, São Paulo, una región con una larga historia de relaciones entre pueblos indígenas, personas de la diáspora africana y europeos. El Ribeira alberga una de las últimas áreas continuas de Mata Atlántica en Brasil, donde comunidades con trayectorias autosostenibles preservan modos de vida colaborativos y solidarios, basados en prácticas ancestrales de preservar la integridad de la floresta. En este contexto, las mujeres desempeñan un papel central en la articulación de saberes y materialidades para persistir a través del protagonismo social y político. Son fundamentales para las organizaciones comunitarias de bases, actuando en la defensa de los territorios, el fortalecimiento de la agricultura familiar y la transmisión de conocimientos a las nuevas generaciones (Flores-Muñoz et al. 2024).

 

Este artículo presenta la trayectoria histórica de mujeres y hombres que se han integrado en las comunidades de práctica cerámica de Apiaí (figura 2), preservando la tradición ancestral de la fabricación de vasijas.



  • Marina Gomes da Rosa Cordeiro es secretaria de la Asociación de Artesanas de Apiaí – Custódia Jesus da Cruz (ASAP) y del Sindicato de Trabajadores Rurales, que representa a cinco municipios: Iporanga, Ribeira, Itaoca, Barra do Chapéu e Itapirapuã Paulista.

  • El Grupo Arte Looze está formado por dos familias que viven en el barrio Mineiros y aprendieron a moldear el barro para aumentar sus ingresos; preservan la forma ancestral de hacer cerámica, transmitiéndola de generación en generación. La primera familia ingresó en la práctica cerámica de Apiaí en 2010 con tres integrantes: Diná Cristina Looze Miranda Silva, Jaqueline Jenifer Looze da Silva y Aparecido da Silva Medeiros. La segunda es descendiente de la comunidad de ceramistas de la región, con dos miembros: Loide de Oliveira Rosa Lima y Moacir Conceição de Lima.




Figura 2 – de izquierda a derecha yde arriba a abajo: Marina Gomes (ASAP), Diná Looze Silva, Lucia A. Rosa (ASAP), Aparecido Medeiros y Jaqueline Looze da Silva (foto: M. Sallum, 2024) Fotos: archivos personales de Gomes y Art Looze.

Valle de las Espinas

“El espino se arrepiente de haber nacido en el campo, así he sanado yo, por haberte querido tanto.” Barbarita Lara, 2024

 

En varias regiones de África, los espinos han demostrado su versatilidad al ser integrados en la construcción de cercas vivas, donde su fortaleza física y simbólica actúa como una barrera tanto material como espiritual. El espino (Vachellia macracantha) es un árbol que puede alcanzar hasta seis metros de altura, adaptándose con eficacia a entornos áridos gracias a un sistema radicular que se extiende más de dos metros en busca de agua, con una capacidad de supervivencia en condiciones ambientales extremas[2]. Entre algunas de sus características, su corteza tiene propiedades medicinales en tratamiento de infecciones y cicatrización de heridas. La memoria oral de Barbarita Lara advierte el respeto a esta planta: “no hay que dormirse debajo de la planta de un espino, porque le chupan la sangre”.


La producción del carbón vegetal, que proviene del espino, sirve para la comercialización local, considerando que aproximadamente un tercio de la población mundial todavía depende de la leña y el carbón vegetal como fuente de energía (FAO 2017). La siembra de árboles madereros como el espino también sirve de materia prima para construcción de casas de bahareque, y siembra en linderos para protección ante agentes externos. Las economías sostenibles del espino se enmarcan en la Agenda Política de las Mujeres Afroecuatorianas y Afrodescendientes 2024-2027 (AAVV 2024: 26), Eje Territorio y Cambio Climático, y Política 3 desde la “promoción de implementación de la conservación ambiental con enfoque de género… que recojan los saberes ancestrales, especialmente de las mujeres”.  Se considera en esta agenda que el cambio climático está relacionado a la “pobreza de los hogares, mayoritariamente encabezados por mujeres, y territorios frágiles, asentamientos informales o que pueden ser afectados por fenómenos climáticos extremos, afectando principalmente a la ruralidad” y son las mujeres quienes enfrentan mayores riesgos por sus múltiples roles, incluyendo el cuidado, proveedoras de alimentos, pero también la falta de vivienda, acceso a la tierra y agua (ibid: 25).


Figura 3 – mapa de Rutas los Guardianes del Espino, Valle del Chota.

 

Don Salomón Acosta – sabio y griot de los conocimientos y prácticas ancestrales, uno de los principales representantes de la organización comunitaria y colectiva de la población cimarrona relata acerca de la simbiosis entre animales y plantas, el carácter espiritual del espino y los usos tradicionales del mismo en el centro de la vida y cosmovisión Afrochotense (figura 1).




Don Nelson Espinosa se ha dedicado desde joven a la producción del carbón vegetal a partir del árbol del espino. Utilizando prácticas tradicionales como la creación de una carbonera in situ, una adecuada disposición de la madera, el control del oxígeno y la temperatura para su quema, incrementa la eficiencia del uso de recursos, reduciendo los desechos y aprovechando la presencia de una especie local (figura 1).




María Eliza Manteca
es creadora de la Fundación Golondrinas y nos demuestra las bases-clave para un proyecto de reforestación desde la ecología ancestral. Esto es posible a través de la educación, conservación y recuperación de suelos, y la renovación del paisaje con especies nativas (figura 1).





Comunidades de Ceramistas, Apiaí, Valle del Ribeira
"Me encontré con la cerámica, que hoy es mi principal fuente de ingresos y el trabajo que más disfruto hacer”.  Marina Gomes, com. personal, 2024

 

Las comunidades de práctica de mujeres productoras de cerámica tienen una larga trayectoria histórica en el territorio hoy conocido como São Paulo (figura 4). Fue producida inicialmente por las mujeres Tupiniquim durante aproximadamente 15 siglos y continuada por sus descendientes y por diversas generaciones de mujeres, incluidas aquellas que llegaron de fuera. El conjunto de vasijas producidas en el Vale do Ribeira posee diversos significados y memorias, sumando saberes que, dependiendo del lugar, se consideran más cercanos o distantes de la herencia indígena, afrodescendiente o tradicional.

Figura 4 – algunos lugares con comunidades ceramistas de São Paulo, incluyendo Apiaí.

 

Desde la década de 1960, la producción y el consumo de esta cerámica han sido investigados siempre en diálogo con las mujeres que la producen (Scheuer 1976), pero solo recientemente se identificó que esta producción surgió en el litoral de São Paulo a partir de la apropiación y transformación de la cerámica común portuguesa en la primera mitad del siglo XVI (Sallum y Noelli 2020). Investigaciones realizadas por dos de los autores de este artículo (Sallum y Noelli 2020) mostraron que existió un contexto específico de colonialismo en el que las comunidades Tupiniquim transformaron sus relaciones con parte de los portugueses en alianzas y parentesco, articulando antiguas y nuevas prácticas de producción de materialidad y consumo.

La “política de consideración” estructura relaciones de parentesco, amistad y alianza entre pueblos indígenas sudamericanos, regulando interacciones internas y externas a través de la colaboración y la sostenibilidad (Kelly y Matos 2019). En estas comunidades coexistieron prácticas colaborativas de manejo del bosque y de mantenimiento de la vida, además del ingreso de diferentes personas comprometidas con la política de consideración, lo que resultó en relaciones sociales distintas de aquellas presentes en los núcleos urbanos y en las plantaciones.

 

La práctica Tupiniquim de alteridad e incorporación de aliados y afines dio lugar a comunidades descendientes con formaciones sociales variadas. En Apiaí, se evoca la herencia afro-indígena, pero también existen casos en los que se manifiestan otras identidades y pertenencias, como las de comunidades rurales, quilombolas, pescadores artesanales, ribereños, entre otros.


Actualmente, se está desarrollando una asociación para ampliar y difundir de manera más sistemática las memorias y prácticas ancestrales relacionadas con la cerámica, la biointeracción, los lenguajes y las genealogías de estas mujeres, en un trabajo que ha sido construido continuamente por la Asociación de Artesanas de Apiaí.


La principal acción de la asociación es atender los objetivos de su estatuto (ASAP), descritos en seis puntos (ver Lima 2005):



  • Reunir a los asociados y defender los intereses económicos, sociales, culturales y de sus miembros;

  • Congregar a la comunidad de Apiaí para promover la ciudadanía en sus aspectos sociales, económicos, educativos, culturales, ambientales e históricos;

  • Organizar a la comunidad para realizar proyectos comunitarios o eventos que promuevan el desarrollo económico de la región;

  • Desarrollar actividades motivadoras para incrementar el turismo y la artesanía en la región;

  • Establecer asociaciones para mejorar la educación profesional de jóvenes y mujeres, con el objetivo de fomentar el espíritu emprendedor y su inserción en el mercado local y regional;

  • Establecer asociaciones locales y sostenibles para combatir la pobreza y la exclusión social en todos sus aspectos.



Para concluir, el propósito de esta colaboración es reforzar el interés de la comunidad en mantener su autodeterminación y calidad de vida dentro de sus propios parámetros de solidaridad y de la política de consideración. Como tal, presentamos los testimonios de la coordinadora de la ASAP – Marina Gomes y de dos representantes del Grupo Arte Looze – Diná y Jaqueline Looze, ya mencionadas anteriormente.


Marina Gomes nació en la ciudad de Apiaí, SP. Es agricultora y artesana. Desde la organización inicial, forma parte de la Asociación de Artesanas de Apiaí Custódia de Jesus da Cruz, formalizada en 2005. Actualmente, ha asumido la presidencia del Sindicato de Trabajadores Rurales de Apiaí. Su interés por la artesanía surgió al observar el trabajo de otros artesanos y, con el tiempo, se convirtió en una fuente de placer y un complemento a los ingresos familiares, actividad que desarrolla desde hace 17 años.






Jaqueline L. da Silva
, artesana de Apiaí, comenzó a trabajar con cerámica inspirada por su madre, una actividad que se convirtió en una fuente de ingresos familiares desde 2010. Creó páginas en redes sociales para divulgar su trabajo y promover la artesanía local y, en 2018, se unió a la Red Artesol. En 2019, obtuvo reconocimiento profesional con la credencial de Sutaco (Subsecretaría de Trabajo Artesanal en las Comunidades) y participó en el documental Pepitas do Ribeira (2022)[3].




Diná L. Silva
, artesana residente en Apiaí, comenzó a trabajar con cerámica como un pasatiempo, que se convirtió en su fuente de ingresos en 2010. En 2013 empezó a vender sus piezas en la tienda del portal de la ciudad, ampliando su alcance. En 2018 se unió a la Red Artesol y, en 2020, obtuvo la credencial nacional de artesana a través del Programa de Artesanía Brasileña. Desde 2023, imparte talleres en escuelas públicas, fortaleciendo la transmisión del conocimiento artesanal.





Comentarios finales

Francisco S. Noelli

 

La sostenibilidad y la solidaridad de las comunidades del Valle de las Espinas y de Apiaí parecen reproducir las directrices de las principales organizaciones globales prestigiosas enfocadas en la inclusión, la sostenibilidad y la justicia social. Estas prácticas también parecen adoptar los más recientes avances científicos en ecología, climatología, botánica, zoología y soberanía alimentaria. Sin embargo, ocurre lo contrario: fueron algunos grupos del ámbito académico y de las organizaciones internacionales y nacionales quienes se apropiaron y sintetizaron los saberes ancestrales de diferentes pueblos alrededor del mundo para convertirlos en estándares científicos de vida ecológicamente correcta (Santos 2023; Garcia 2023). Los pilares más actuales de esta apropiación resultan en el lenguaje de vanguardia científico-intelectual sobre justicia climática, sostenibilidad y solidaridad. Este lenguaje proviene de numerosos conocimientos ancestrales observados en las últimas décadas, propuestos para neutralizar y reemplazar el discurso de las vanguardias colonialistas, liberales y neoliberales. Sin embargo, este nuevo lenguaje aún no ha superado al anterior, ya que el sistema global continúa dominado por el capitalismo financiero promotor de escalas crecientes de extractivismo, racismo, genocidio y neo-esclavitud. Las consecuencias más notables son agravación de la crisis climática, avance de la deforestación y el agotamiento de la fauna, aumento de emisiones de gases, consumismo desmedido, incremento de las desigualdades, el hambre, guerras y otros problemas globales que afectan o extinguen comunidades ancestrales. Frente a tales circunstancias, los colectivos resisten con una actitud crítica para mantener sus prácticas sostenibles y solidarias.

Las comunidades del Valle de las Espinas están gradualmente reconstruyendo la ecología de sus territorios degradados por cuatro siglos de extractivismo colonial, cultivando diversas plantas útiles, multiplicando varias especies para reforestar el territorio. El árbol espino (Vachellia macracantha) es un ejemplo importante, como fuente sostenible de energía para procesar alimentos, pero también por los saberes prácticos y simbólicos transmitidos entre generaciones sobre sus propiedades medicinales. Su cultivo elimina el consumo de gas o energía eléctrica y, evidentemente, reduce la necesidad de vender fuerza de trabajo en el contexto del todavía persistente monocultivo de la caña de azúcar. Lo mismo sucede con el cultivo de otras plantas para usos diversos, un factor decisivo para la autodeterminación y la reducción de la dependencia de la economía de mercado, conforme a las prácticas ancestrales de sostenibilidad. Se incluyen diversos cultivos locales, como frijoles, hortalizas variadas, frutas y plantas medicinales andinas ancestrales que integraban el repertorio botánico indígena consumido antes del avance colonial hispano a partir del comienzo del siglo XVI.

 

Las comunidades de Apiaí y su región tienen prácticas ancestrales similares a las del Valle de las Espinas. Pero también tienen algunas diferencias, destacando las vasijas de cerámica heredadas de los ancestros que iniciaron su producción en el siglo XVI. En el alto Valle del Ribeira, el cultivo manteniendo la integridad del bosque fue predominante hasta hace pocas décadas, cuando se agregaron algunas metodologías y especies del agronegocio, debido a la necesidad de producir como pequeñas unidades de agricultura familiar para el mercado regional de alimentos. Sin embargo, resisten la especulación inmobiliaria que trajo la deforestación y la imposición de los “desiertos verdes” con monocultivos de especies arbóreas introducidas para producir celulosa, madera, resinas y leña, como el eucalipto (Eucalyptus spp.) y el pino (Pinus spp.), cuyos impactos más importantes son la reducción de la humedad del suelo y de la diversidad de flora y fauna. También existen otros monocultivos de alimentos, como la plantación del  tomate (Solanum Lypersicum), caqui (Diospyros sp.), durazno (Prunus persica), naranja (Citrus × Sinensis), arroz (Oryza sativa), frijoles (Phaseolus vulgaris) y maíz (Zea mays). Los monocultivos en ambas regiones que son mecanismos de centralización y verticalización de riqueza, cuya creación requiere destruir ecosistemas que antes producían policultivos capaces de mantener la integridad ambiental cultivada por relaciones basadas en la solidaridad y la reciprocidad. También son mecanismos reductores de humedad, ya que vastas áreas están cubiertas por una o dos especies capaces de extraer mayores volúmenes de agua, lo que resulta en la eliminación de manantiales que abastecen a las comunidades y transforman biomas como la Mata Atlántica en lugares con crisis hídricas recurrentes.

 

Las comunidades de ambas áreas refuerzan sus prácticas ancestrales para mantener un equilibrio a su favor frente al avance neocolonial de la especulación inmobiliaria con estrategias para tomar cada vez más tierras y cambiar/destruir ecosistemas, forzar la venta de la fuerza de trabajo y extraer dinero de los individuos de diversas maneras. Además, estas comunidades también luchan por recuperar elementos culturales y prácticas que fueron obligadas a abandonar en el pasado, incluido el cultivo de varias especies botánicas. Estas batallas son constantes, pero poco notadas fuera de las propias comunidades. Sin embargo, son proporcionalmente más significativas que los intentos difusos en las ciudades para recuperar ecosistemas degradados, contaminados y donde generalmente existe poca solidaridad y prácticas sostenibles. Por ejemplo, las emisiones individuales de carbono de estas comunidades son históricamente mínimas en comparación con las generadas por las áreas urbanas e industriales.

 

Lo más importante es la actitud crítica de las comunidades, como muestran los testimonios en los videos de este artículo.



Agradecimientos

 

Los autores agradecen a los editores de Etnográfica, especialmente a Humberto Martins, Renata de Sá Gonçalves y Mafalda Melo Sousa. Agradecemos a Rafaela Astudillo Balanzátegui por la filmación en las comunidades en Vale do Ribeira, São Paulo y Fernando Machado por la música de los videos (https://www.fernando-machado.com/). A la Casa del Artesano de Apiaí, Amanda Magrini y Fabíola A. dos A. Durães. MS: Este estudio fue financiado, en parte, por la Fundación de Investigación de São Paulo (FAPESP), Brasil. Números de proceso 2024/04746-1, 2024/20602-0, 2019/18664-9, 2019/17868-0. MS&FSN: Este trabajo fue financiado, en parte, por fondos portugueses a través de FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia en el marco del proyecto UID/00698: Centro de Arqueología. Universidad de Lisboa.



Autorías


Barbarita Lara (mabalaca@yahoo.es) – Coordinadora Nacional de Mujeres Negras-Capítulo Carchi (CONAMUNE-Capítulo Carchi), colaboradora del Laboratorio de Arqueología Histórica Latinoamericana


Marina Gomes (marinagomes367@gmail.com) – Associação de Artesãs de Apiaí, São Paulo, Brasil


Maria Eliza Mantega  – Proyecto Golondrinas – Valle del Chota, Ecuador


Diná Looze Silva (artelooze@gmail.com) – Arte Looze - Vale do Ribeira, Apiaí, Brasil


Salmón Acosta  – Federation of Black Communities and Organizations of Imbabura and Carchi (FECONIC)


Nelson Espinoza – Guardián de la Memoria – Valle del Chota, Ecuador


Jaqueline Looze da Silva (artelooze@gmail.com) – Arte Looze - Vale do Ribeira, Apiaí, Brasil


Aparecido Medeiros (artelooze@gmail.com) – Arte Looze - Vale do Ribeira, Apiaí, Brasil


Andrea Chávez (andrea.chavez002@umb.edu) – Universidad de Massachusetts Boston, Estados Unidos


Genesis Delgado (genesis-santay@hotmail.com) – Centro de Investigaciones y Estudios Superiores en Antropología Social (CIESAS), México; Laboratorio de Arqueología Histórica Latinoamericana de la Universidad de Massachusetts Boston, Estados Unidos


Danielle Samia (samiadgs@gmail.com) – Nhandu Consultoria Ltda


Cleberson Moura (clebersonmoura@gmail.com) – Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, Brasil


Daniela Balanzátegui (daniela.balanzategui@umb.edu ) – Universidad de Massachusetts Boston, Estados Unidos


Francisco S. Noelli (chico.noelli@gmail.com) – UNIARQ - Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Portugal


Marianne Sallum (marianne.sallum@unifesp.br) – LEA, Universidade Federal de São Paulo, Brasil; UNIARQ – Centro de Arqueologia da Universidade de Lisboa, Portugal



Referencias

SANTOS, Antônio Bispo dos, 2023, A terra dá, a terra quer, 1. ed. Rio de Janeiro: UBU editora.

FAO, 2017, The Charcoal Transition: Greening the Charcoal Value Chain to Mitigate Climate Change and Improve Local Livelihoods, Wood Energy Catalogue. Food and Agriculture Organization of the United Nations.

FLORES-MUÑOZ, Julieta, SALLUM, Marianne & BALANZÁTEGUI, Daniela, 2024, The Materiality of Remembering and Affective Alliance: A Dialogue between Communities and Archaeology on the Coast of São Paulo, Brazil and Veracruz, Mexico. Int J Histor Archaeol, https://doi.org/10.1007/s10761-024-00765-3

KELLY, José A; MATOS, Marcos, 2019, Política de consideração: ação e influência nas terras baixas da América do Sul. Mana: Estudos de Antropologia Social. 25(2): 391-426.

LIMA, Josiane Aparecida Camargo de., 2005, Ata da Assembleia de Constituição/Estatuto da Associação de Artesãos de Apiaí – Custódia Jesus da Cruz https://mapaosc.ipea.gov.br/detalhar/100838 ,

PABÓN, Iván, 2009, La etnoeducación: Una propuesta desde los afroecuatorianos. Mallki: Revista pedagógica bimensual de educación intercultural, 5: 1–11.

SALLUM, Marianne., and Francisco. S. NOELLI, 2020, An Archaeology of Colonialism and the Persistence of Women Potters’ Practices in Brazil: From Tupiniquim to Paulistaware. International Journal of Historical Archaeology, 24(3): 546–570.

SALLUM, Marianne, 2024, Gênero, Materialidades e Linguística da Interação/Confluência: Mulheres Indígenas e Afrodescendentes na Arqueologia Histórica de São Paulo. Revista Brasileira de Linguística Antropológica, 16: 69–98.

SCHEUER, Herta L., 1976, Estudo da cerâmica popular do Estado de São Paulo. Conselho Estadual de Cultura, São Paulo.

Várias autorias/ Various authorships, 2024, Agenda Política de las Mujeres Afroecuatorianas y Afrodescendientes 2024 2027, con el apoyo de ONU Mujeres, Quito-Ecuador. https://ecuador.unwomen.org/sites/default/files/2024-09/agenda_politica_de_mujeres_afroecuatorianas-agenda_mujeres_afro_onu.pdf
[1] https://argpel.org/, acessado em 03/12/2025.
[2] https://www.inaturalist.org/taxa/781083-Vachellia-macracantha, acessado em 12/03/2025.
[3] “Pepitas do Ribeira - Dina e Jaque (Arte Looze)”, Garimpo de Soluções, 21 de maio de 2022, duração 11:42, acesso: https://youtu.be/O5z02PcuBIQ?si=bj2AsnH1c_gJQkDV.

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