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indigenous and afro-descendant women, solidarity, education, activism
Social movements and grassroots organizations led by indigenous and afro-descendant women in Latin America play a central role in defending human and civil rights, highlighting territorial and environmental rights, supported by black, indigenous, and various branches of Latin American feminism. This article highlights the contributions of four women active in the struggles for gender equality and full access to public policies for inclusive and liberating education. The conversations took place in the second panel of the international seminar “Indigenous and Afro-descendant Peoples in the Americas: Collaboration, Archaeology, Repatriation, and Cultural Heritage”, on the theme “Building Afro-Indigenous Affective Networks: Women, Education, and Activism in Latin America”, with central objectives to: (1) create learning spaces that respect indigenous and afro-descendant narratives and ways of transmitting knowledge through orality; (2) strategies to transform formal education through the inclusion of linguistic diversity and methodologies that promote freedom of thought; (3) strengthen female solidarity initiatives. The “affective networks” among women are at the center of social transformation at the national and global levels and should be considered by community archaeologies.
mulheres indígenas e afrodescendentes, solidariedade, educação, ativismo
Os movimentos sociais e as organizações de base lideradas por mulheres Indígenas e afrodescendentes na América Latina desempenham um papel central na defesa dos direitos civis, territoriais e ambientais: fundamentando o feminismo negro, indígena e latino-americano. Este artigo destaca as contribuições de quatro mulheres atuantes nas lutas pela igualdade de gênero e pelo acesso pleno às políticas públicas para uma educação inclusiva e libertadora. As conversas aconteceram no segundo painel do seminário internacional “Povos Indígenas e Afrodescendentes nas Américas: Colaboração, Arqueologia, Repatriação e Patrimônio Cultural”, na temática “Construindo Redes Afetivas Afroindígenas: Mulheres, Educação e Ativismo na América Latina”, com objetivos centrais para: (1) criar espaços de aprendizado que respeite as histórias indígenas e afrodescendentes e as formas de transmissão de conhecimentos pela oralidade; (2) estratégias de transformação do ensino formal através da inclusão da diversidade linguística e de metodologias que promovam o livre pensar; (3) fortalecer as iniciativas de solidariedade feminina. As “redes afetivas” estão no coração da transformação social em diferentes lugares no âmbito nacional e global e devem ser consideradas pelas arqueologias comunitárias.
mujeres indígenas y afrodescendientes, solidaridad, educación, activismo
Los movimientos sociales y organizaciones de base liderados por mujeres indígenas y afrodescendientes en América Latina juegan un papel central en la defensa de los derechos humanos y civiles, destacando los derechos territoriales y ambientales, apoyado desde los feminismos negros, indígenas y varias instancias del feminismo latinoamericano. Este artículo destaca los aportes de cuatro mujeres activas en las luchas por la igualdad de género y el pleno acceso a políticas públicas para una educación inclusiva y liberadora. Las conversaciones se desarrollaron en el segundo panel del seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural”, sobre el tema “Construyendo Redes Afectivas Afroindígenas: Mujeres, Educación y Activismo en América Latina”, con objetivos centrales para: (1) crear espacios de aprendizaje que respeten los relatos indígenas y afrodescendientes y las formas de transmitir conocimientos a través de la oralidad; (2) estrategias para transformar la educación formal a través de la inclusión de la diversidad lingüística y metodologías que promuevan la libertad de pensamiento; (3) fortalecer las iniciativas solidarias femeninas. Las “redes afectivas” entre mujeres están en el centro de la transformación social a nivel nacional y global y deben ser consideradas por las arqueologías comunitarias.
femmes autochtones et afro-descendantes, solidarité, éducation, activisme
Les mouvements sociaux et les organisations de base dirigés par des femmes indigènes et afro-descendantes en Amérique latine jouent un rôle central dans la défense des droits humains et civils, en soulignant les droits territoriaux et environnementaux, soutenus par le féminisme noir, indigène et les différentes branches du féminisme latino-américain. Cet article met en lumière les contributions de quatre femmes actives dans la lutte pour l'égalité des sexes et le plein accès aux politiques publiques pour une éducation inclusive et libératrice. Les conversations ont eu lieu dans le cadre du deuxième panel du séminaire international « Indigenous and Afro-descendant Peoples in the Americas : Collaboration, archéologie, rapatriement et patrimoine culturel », sur le thème »Construire des réseaux affectifs afro-indigènes : Les femmes, l'éducation et l'activisme en Amérique latine », dont les principaux objectifs sont les suivants : (1) créer des espaces d'apprentissage qui respectent les récits autochtones et afro-descendants et les modes de transmission des connaissances par l'oralité ; (2) élaborer des stratégies visant à transformer l'éducation formelle en y intégrant la diversité linguistique et des méthodologies qui favorisent la liberté de pensée ; (3) renforcer les initiatives de solidarité entre les femmes. Les « réseaux affectifs » entre les femmes sont au centre de la transformation sociale aux niveaux national et mondial et devraient être pris en compte par les archéologies communautaires.
La sección Antropología Urgente se compone de artículos en forma de ensayos breves sobre temas acuciantes en el doble ámbito de una antropología de la urgencia y una antropología de los afectos, pero también de aquellos que marcan agendas públicas o exploran realidades y fenómenos invisibles.
Los movimientos sociales y organizaciones de base liderados por mujeres indígenas y afrodescendientes en América Latina juegan un papel central en la defensa de los derechos humanos y civiles, destacando los derechos territoriales y ambientales, apoyado desde los feminismos negros, indígenas y varias instancias del feminismo latinoamericano. Este artículo destaca los aportes de cuatro mujeres activas en las luchas por la igualdad de género y el pleno acceso a políticas públicas para una educación inclusiva y liberadora. Las conversaciones se desarrollaron en el segundo panel del seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural”, sobre el tema “Construyendo Redes Afectivas Afroindígenas: Mujeres, Educación y Activismo en América Latina”, con objetivos centrales para: (1) crear espacios de aprendizaje que respeten los relatos indígenas y afrodescendientes y las formas de transmitir conocimientos a través de la oralidad; (2) estrategias para transformar la educación formal a través de la inclusión de la diversidad lingüística y metodologías que promuevan la libertad de pensamiento; (3) fortalecer las iniciativas solidarias femeninas. Las “redes afectivas” entre mujeres están en el centro de la transformación social a nivel nacional y global y deben ser consideradas por las arqueologías comunitarias.
“Cuando nos unimos en solidaridad con los pueblos indígenas, encontramos formas de vida similares a la nuestra. Encontramos relaciones con la naturaleza similares a las nuestras. Hubo una gran confluencia en maneras y pensamientos. Y eso nos hizo más fuertes. Hicimos una gran alianza cosmológica, aunque hablemos idiomas diferentes.”, Antonio Bispo dos Santos (2020)
Introducción
Daniela Balanzátegui y Marianne Sallum
“Construyendo Redes Afectivas Afroindígenas: Mujeres, Educación y Activismo en América Latina”, es el segundo panel del seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural” (2023/2024 ), una colaboración entre instituciones académicas de Brasil y Estados Unidos: el Laboratorio Interdisciplinario de Investigación en Evolución, Cultura y Medio Ambiente (LEVOC/MAE/Universidad de São Paulo) y Laboratorio de Arqueología Histórica de Latinoamérica, Arqueología Indígena de Nueva Inglaterra (departamento de Antropología, Universidad de Massachusetts Boston).
La conversación contó con las ponentes: Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos (Tupi Guarani, TI Pyátsagwêra, São Paulo, Brasil), María Celeste Sánchez Sugía (Ciudad de México, México), Katherine Chalá (territorio ancestral afroecuatoriano, Valle del Chota, Ecuador), Watatakalu Yawalapiti (Yawalapiti/Xingu, Brasil) y fue mediada por Valentina Romero, antropóloga y descendiente de la diáspora Muysca en el Valle de Saquencipá, Boyacá, en la región andina de Colombia. Los comentarios finales fueron de Maria John (Japón) (2019), profesora del departamento de Historia y directora del Programa de Estudios Nativos Americanos e Indígenas (Universidad de Massachusetts Boston) (mapa 1).
Mapa 1. Lugares de origen de nuestras panelistas. Elaborado por Danielle Samia.
El panel fue coordinado por dos investigadoras latinoamericanas: Marianne Sallum, quien trabaja con comunidades de mujeres alfareras y de poblaciones agroforestales en São Paulo, Brasil (Sallum y Noelli 2021); Daniela Balanzátegui (Balanzátegui et al. 2021), quien desde la arqueología comunitaria colabora con mujeres cimarronas afroecuatorianas en procesos de reparación histórica. Además de Stephen W. Silliman, quien realiza investigaciones arqueológicas colaborativas con los eastern pequot en Connecticut, EE. UU., contribuyendo a las demandas de reconocimiento territorial (Silliman 2008), y Astolfo Araujo investigador sobre la ocupación del Sudeste de Brasil de los primeros grupos humanos que llegaron a América (Araujo et al. 2018).
Reconocemos y honramos las tierras del pueblo Massachusett, donde se encuentra la Universidad de Massachusetts, Boston, y las comunidades vecinas Nipmuc y Wampanoag; así como los pueblos Tupi, Tupiniquim y Kaingang , donde se encuentra la Universidad de São Paulo y los territorios ancestrales de nuestras ponentes y moderadoras: el pueblo Tupi Guaraní de São Paulo, los Yawalapiti en el parque indígena Xingu, la diáspora africana en México y Ecuador, y los territorios descendientes de los Muysca de Colombia.
Este panel estuvo dedicado a la memoria del pensador Antônio Bispo dos Santos.[9] Su temprana partida deja un vacío, pero su legado como pensador de las interacciones afroindígenas guía e inspira este evento y a las nuevas generaciones de estudiantes y pensadores de la contracolonización (Santos 2015, 2019, 2020).
A lo largo de 532 años, las interacciones tuvieron variados entrelazamientos y confluencias surgidos de relaciones personales y/o colectivas, a través de alianzas, parentescos, intercambios, intimidades y conflictos. Sin embargo, el silenciamiento de las historias indígenas y afrodescendientes por parte de la burocracia colonial ha tenido efectos multidireccionales en la sociedad, perpetuando las desigualdades en derechos y ciudadanía plena en las Américas, especialmente para las mujeres.
Fig. 1. Jugando en las Aguas, Yacunã Tuxá (2021)
Las interacciones afroindígenas se enmarcan en dos definiciones:
1. Definición de confluencia, deSantos (2019), que la describe como la relación entre pueblos indígenas y afrodescendientes marcada por el intercambio de percepciones basadas en la pluralidad y las genealogías ancestrales, pero preservando sus diferencias;
2. Definición de solidaridad de Krenak (2015: 152), la cual establece a las sociedades indígenas como sociedades de alianza por excelencia en relación con la vida y la comprensión del mundo, con la aclaración de “pensar en ellas con mucho cuidado, ya que no son sociedades que aceptan el borramiento de su identidad en el mundo, ni la formación de un grupo homogéneo”.
Así, la confluencia y la solidaridad nada tienen que ver con discursos hegemónicos nacionales, propuestas multiculturalistas, ni políticas de blanqueamiento y mestizaje (Rahier 2022; Cruz 2021). Estas son perspectivas que deben entenderse localmente, en los contextos de fenómenos globales.
Las luchas contra colonialistas por plenos derechos civiles y la igualdad de género son temas urgentes para los movimientos de mujeres indígenas y afrodescendientes en América Latina y más allá, especialmente en los contextos actuales de guerra y catástrofe climática, donde la violencia contra las mujeres, niñas y niños es una táctica arraigada. Ante tales circunstancias, este seminario establece plataformas de colaboración intercultural, fortaleciendo vínculos entre comunidades y academia para reflexionar sobre temas de interés común contra el racismo y la violencia de género. Así lo presenta una de nuestras panelistas María Celeste Sánchez Sugía, senadora afromexicana:
“Nuestra resistencia y resiliencia demuestran que no hemos desaparecido, a pesar de que intentaron borrarnos de los libros de texto y de la historia. Nunca incluyeron nuestro nombre en los lugares que ayudamos a construir, pero todavía estamos aquí con 2,5 millones de personas. Tenemos un movimiento afromexicano resiliente y estamos uniendo fuerzas con académicos y aliados. Ahora estamos construyendo un esfuerzo colectivo con los pueblos indígenas, ya que muchos de ellos también han sido ignorados y nuestra historia colectiva entre África, México y las comunidades indígenas ha sido borrada.”
Esta plataforma tiene sus raíces en prácticas ancestrales de las mujeres de mantener redes solidarias de intercambio, soberanía alimentaria y transmisión oral de conocimientos entre generaciones, reafirmando actos de resistencia de las mujeres (Benites 2021), que resuena con las reflexiones de mujeres indígenas en Brasil y afroecuatorianas sobre los procesos de educación local:
Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos (2023):[10]
“Yo era la única en mi pueblo que había completado la educación secundaria y hablaba la lengua materna. Fui elegida por la comunidad para realizar el curso de magisterio Indígena y la facultad de pedagogía. Aprendí entre cuatro paredes y, para mis alumnos, no quería eso. Quería que fueran libres. Durante 12 años trabajé como docente para el estado brasileño. Mi supervisor y el departamento de educación no aceptaron que enseñara a los estudiantes basándose en la experiencia con la naturaleza. Dijeron que no podía ir contra ellos porque sólo era una empleada. Entonces dejé el trabajo, porque lo que realmente me importaba era el bienestar de los niños, para que pudieran crecer como guerreros de la naturaleza.”
Katherine Chalá (2024, en este panel):
“La idea es mirar a las comunidades cimarronas para entender cómo podemos construir sociedades libres; en ese sentido, tenemos al Centro de Investigación de Estudios de África y Afroamérica – el primero en Ecuador, al menos en educación superior a nivel de pregrado, conectado a una universidad intercultural formal, y conformado en su mayoría por mujeres jóvenes afrodescendientes. Este centro es el sueño cristalizado quizás de nuestras ancestras y ancestros más cercanos. Entonces, en este espacio, recopilamos, analizamos, revalorizamos los saberes, los aprendizajes de esta lucha de largo plazo en nuestras comunidades, para poder registrarlos y establecer efectivamente un centro de investigación con una ontología y epistemologías propias que aborda sobre los aspectos políticos, culturales, sociales y económicos de la Diáspora Africana en las Américas y el África Subsahariana. Así mismo se trata de visibilizar, y dignificar los aportes de las personas afrodescendientes que han construido sus conocimientos a lo largo de siglos, y los mismos han transmitidos de generación en generación de forma oral.”
Watatakalu Yawalapiti (2024, en este panel):
“Era una niña, pero ya era una voz para mi pueblo y siempre quise que otras mujeres, otras niñas, tuvieran la misma voz y fueran enseñadas a ser líderes. Es por eso que, cuando crecí, realmente me uní a los esfuerzos de otras lideranzas regionales y nacionales para promover el empoderamiento femenino entre las comunidades Indígenas. Vi en diferentes territorios a mujeres Indígenas siendo dejadas de lado porque, a veces, los hombres quieren silenciar las voces femeninas. Sabemos que las mujeres en casa tienen una voz, pero, con la cultura no Indígena impactando nuestros territorios, muchas veces somos tratadas como alguien que no debe ser escuchada… Actualmente, tenemos el Movimiento de Mujeres del Territorio Indígena del Xingu (MMTIX) con líderes de todos los territorios.”
Como arqueólogas involucradas en iniciativas comunitarias colaborativas, guiadas por una perspectiva feminista, reconocemos la importancia de establecer puentes entre el conocimiento tradicional de las mujeres indígenas y afrodescendientes y la arqueología, para un acceso más democrático y horizontal a la investigación y al diálogo de conocimientos. Esto incluye asociaciones impulsadas por intereses comunitarios para definir una arqueología activa para que las personas cuenten su historia (Laluk et al. 2022; Tuxá et al. 2024; Romero et al. 2024) y que trabaja efectivamente hacia una pedagogía de la descolonización (Atalay 2008).
Los movimientos sociales y las organizaciones de base lideradas por mujeres indígenas y afrodescendientes en América Latina desempeñan un papel central en la continuidad de las estrategias de solidaridad, la preservación de las prácticas tradicionales y el cuidado y cultivo de las forestas (Guajajara y Xakriabá apud McNee 2021; Guarani 2022 [2020]), formando la base de feminismo negro, indígena y latinoamericano. Estas mujeres están presentes en diversas instituciones políticas y organizaciones nacionales e internacionales, como las Naciones Unidas y sus gobiernos locales y poderes ejecutivo-legislativo. También promueven el Proyecto ATIX-Mulher,[11] la Marcha de las Mujeres Indígenas en Brasil,[12] y Coordinadora Nacional de Mujeres Negras del Ecuador,[13] por nombrar algunos ejemplos. Estos son esfuerzos efectivos e indispensables en las luchas en curso para promover la igualdad de género, la justicia económica y ambiental, prevenir la violencia histórica de raza, género y clase, y establecer el acceso a políticas para una educación inclusiva y liberadora. Estos temas están en el centro de las transformaciones sociales que ocurren en diferentes países, territorios y comunidades en el escenario global, destacando la necesidad de incluir estos temas en foros nacionales e internacionales, incluida la producción de Humanidades y Arqueología.
Las panelistas, ante todo, nos señalan también el reconocimiento de las acciones políticas y la construcción de memorias históricas que nacen en el centro de la praxis como parte de la ancestralidad emancipadora. Como escribe la investigadora feminista afroecuatoriana y militante antirracista Génesis Anangonó (2023: 68) “esa memoria trae consigo un camino para la dignificación de las descendientes, para la reparación y cura de los dolores ancestrales, pues establece conexiones cronológicas entre el pasado y el presente, permitiendo que la memoria colectiva e individual sean reescritas en el cuerpo y reafirmadas en el territorio que ocupan”. Seminario/debate
En esta sección presentamos un resumen audiovisual de las intervenciones de las panelistas de este evento, después de sus breves biografías.
Katherine Chalá, antropóloga y magíster en negociación y cooperación internacional, quien mantiene una agenda decolonial y antirracista a favor de los derechos humanos y las demandas de los afrodescendientes. Actualmente es responsable de la dirección del primer Centro de Estudios de África y Afroamérica del Ecuador a nivel de pregrado, adscrito a la Universidad Intercultural de Nacionalidades y Pueblos Indígenas Amawtay Wasi. Es miembro del Centro de Investigación de la Familia Negra y de la Federación de Comunidades y Organizaciones Negras de Imbabura y Carchi.
María Celeste Sánchez Sugía, psicóloga y estudiante de doctorado en Ciencias Biomédicas (Universidad Nacional Autónoma de México – UNAM), líder en la defensa de los derechos de las personas afrodescendientes y migrantes, integrando las comisiones de equidad de género del Instituto de Investigaciones Antropológicas (UNAM) y el colectivo Somos Listas. En 2018 se convirtió en la primera mujer afromexicana en formar parte del Senado, impulsando varias acciones de visibilización de las poblaciones afromexicanas. Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos, líder de Aldeia Tapirema (tierra indígena Pyátsagwêra, Tupi Guarani, São Paulo, Brasil). Tiene formación superior intercultural por la Universidad de São Paulo. Es una activista pionera en el movimiento indígena a nivel estatal y nacional, especialmente en el área de educación indígena, habiéndose desempeñado como subdirectora y docente. Como educadora busca alternativas para construir escuelas alineadas con las demandas del fortalecimiento comunitario. Watatakalu Yawalapiti, líder del pueblo Yawalapiti de la cuenca alta del Xingu, coordinadora de Atix Mulheresy miembro del Movimiento de Mujeres del Territorio Indígena del Xingu. Es cofundadora del colectivo ANMIGAy de refugios para mujeres en su territorio, trabajando para luchar contra las prácticas sexistas arraigadas en las costumbres locales y fortalecer la cultura y la historia de su pueblo.
Vídeo 1 – Valentina Romero
Vídeo 2 – Katherine Chalá
Vídeo 3 – María Celeste Sánchez Sugía
Vídeo 4 – Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos
Vídeo 5 – Watatakalu Yawalapiti
Reflexiones de la moderadora
Valentina Romero En Abya Yala/Turtle Island,[14] las comunidades indígenas, afrodescendientes y campesinas están en tensión con los estados-nación, que han buscado borrar nuestras identidades, prácticas ancestrales y relaciones con nuestros territorios para promover sus nociones de progreso a través de múltiples ejes de violencia homogeneizadora y racista. Las violaciones sistemáticas de los derechos humanos son múltiples en nuestras historias, pero, como demostraron las panelistas de este evento, también abunda nuestra lucha por mejorar nuestras identidades y proteger nuestros cuerpos-territorios de la extracción material, cultural y espiritual. En esta lucha ancestral, las mujeres somos centrales desde lo cotidiano hasta los espacios públicos y legislativos, levantando y liberando nuestra voz para proteger la vida en nuestras comunidades. Espacios como este rompen fronteras impuestas, demostrando que la liberación colectiva está viva y es transnacional. Quienes habitan entornos académicos tienen el deber de reformar las epistemologías coloniales opresivas y,[15] a través del trabajo colectivo, germinar reparaciones históricas para cultivar un presente y un futuro humano, diverso y digno.
Comentarios finales
María John
No considero que mi trabajo aquí tenga la última palabra, sino que amplifica y enfatiza las lecciones, los llamados a la acción y la urgencia de muchas cosas compartidas. Quiero comenzar reconociendo lo inspirador que fue ver la centralización de las experiencias y el trabajo de las mujeres indígenas y afrodescendientes, quienes, especialmente en los espacios académicos, muchas veces pasan desapercibidas, no reconocidas, no comprometidas o cooptadas y reclamadas por otros o por instituciones. Cuando me invitaron a ser parte de esta conversación, me presentaron la idea del panel para reflexionar sobre el activismo y el trabajo de las mujeres, especialmente afrodescendientes y indígenas, que es marginado o completamente ignorado en las representaciones, historias y narrativas sobre el trabajo activista. Esto se debe en parte a la prevalencia del inglés en las publicaciones académicas, lo que contribuye a la marginalización de las voces latinoamericanas. Vale la pena resaltar que, incluso en la forma que adopta este panel con su traducción simultánea, lo que presenciamos hoy es un ejemplo de cómo podemos realizar una mejor labor dentro de las instituciones educativas, alejándonos de estructuras y modalidades que inherentemente refuerzan el colonialismo u otras formas de dominación y exclusión. Incluso si esto es algo tan fundamental como hablar un idioma diferente. Como señalaron varias de nuestras panelistas, las mujeres indígenas y afrodescendientes siempre, históricamente y hoy, han estado haciendo trabajo activista para sus comunidades, a menudo sin mucho apoyo o reconocimiento, a veces incluso bajo amenaza a su seguridad. Nuestras panelistas también nos recordaron que no podemos perder de vista cómo las luchas de las mujeres por mantener su lugar en la mesa de decisiones, incluso dentro de los movimientos activistas, han sido y siguen siendo disputadas. Entonces, como nos recordaron Katherine y María Celeste, existe la lucha para combatir la invisibilización, ocultamiento y eliminación de los aportes y el trabajo en todos los niveles, pero sobre todo en los ámbitos políticos, académicos y activistas de las mujeres en la historia. Lo que mostraron todas las ponentes es que muchos de los éxitos alcanzados dentro de la política indígena, ya sean luchas ambientales o relacionadas con el acceso cultural, lingüístico o educativo, así como la representación política, son resultados de esfuerzos realizados y liderados por mujeres. Pero también que estas han sido luchas intergeneracionales y que las que continúan hoy son al mismo tiempo el legado de historias de esclavitud, desplazamiento territorial, borramiento cultural y político, pero también el legado de largas historias de resistencia. Katherine y María Celeste ejemplificaron historias intergeneracionales de opresión y resistencia, destacando cómo los legados de la esclavitud impactan directamente el estado actual de las comunidades afrodescendientes en Ecuador y México, ilustrando continuidades intergeneracionales de injusticia, así también, los procesos de insurgencia y resistencia de larga duración de los pueblos. Catarina y Watatakalu hablaron sobre cómo sus experiencias como niñas y luego como jóvenes mujeres indígenas moldearon su adhesión a los movimientos políticos y el activismo que ahora lideran y que continuaron las luchas activistas de sus familias y comunidades. Todo esto enfatiza cómo el activismo es simultáneamente una opción para muchas mujeres, pero también para muchas no es una opción, es simplemente lo necesario para sobrevivir. Sobrevivencia de su cultura, lenguas, comunidades, familias, saberes indígenas, sobrevivencia de la tierra. Esto y la urgencia compartida del activismo indígena que conocemos hoy también resaltan la importancia de las redes y solidaridades dentro del activismo político afroindígena. Al poner en primer plano las solidaridades globales de la política indígena en nuestra comprensión de estos movimientos y sus historias, creo que lo que cada panelista y este foro nos ayuda a ver tan claramente cuán omnipresentes en el tiempo y el espacio son las estructuras y los sistemas duraderos del colonialismo en todas sus formas. Al situar estas luchas actuales y su activismo en el contexto más amplio de las luchas históricamente emprendidas por los pueblos indígenas de todo el mundo, los panelistas nos recuerdan que el colonialismo persiste y continúa estructurando nuestro mundo. Sus efectos, sus consecuencias, su continuidad misma se evidencian en los sistemas de capital, educación y poder institucional que continúan privilegiando ciertas voces. Al centrarse en las mujeres indígenas y afrodescendientes, sus comunidades, historias, voces y conocimientos, este panel proporciona un poderoso ejemplo de lo importante y posible que es crear espacios institucionales que centren el conocimiento en las voces indígenas. Asimismo, en el trabajo activista descrito por nuestros panelistas, vemos cuánto trabajo preliminar ya se está haciendo y que también necesita un mayor apoyo para crear espacios para la representación indígena, ya sea en entornos académicos o educativos, médicos y políticos. Vale la pena considerar un posible llamado a la acción, especialmente para aquellos de nosotros que trabajamos en el sector educativo, que creo que escuchamos en todas las historias, experiencias y puntos de vista de los panelistas que se compartieron hoy, pero también en el propio modelo que estableció este panel. Esta es la urgencia y la importancia de centralizar las voces indígenas, afrodescendientes y afroindígenas. Como mencionó Watatakalu en sus palabras finales, estas son las comunidades que históricamente han estado en la primera línea de la destrucción ambiental y territorial, lo cual, desafortunadamente, es un futuro que nos espera a todos. Entonces, como reflexión final, me gustaría compartir las palabras de la anciana aborigen, Lilla Watson, una mujer gangalu de la región del río Dawson en Queensland (Australia). Watson, en su participación en la Conferencia del Decenio de las Naciones Unidas para la Mujer celebrada en Nairobi en 1985: “Si has venido aquí para ayudarme, estás perdiendo el tiempo. Pero si viniste porque tu liberación está ligada a la mía, entonces trabajemos juntas”. Creo que sus palabras y todo el conocimiento que aprendimos en este panel de todas nuestras increíbles panelistas es algo que todos podemos llevar con nosotros.
Agradecimientos
A los colaboradores: departamentos de Antropología y Estudios Indígenas y Nativos Americanos, de Estudios Africanos y Conservación de la Seguridad de Género y los Derechos Humanos, de Estudios de Género y Sexualidad Humana de la Universidad de Massachusetts-Boston. Danielle Samia por la colaboración en la elaboración de los mapas del seminario. A Fabiana Leite por la gentileza de ceder las fotografías y a Luã Apiká por el apoyo y la amistad. A Yacunã Tuxá por su maravillosa ilustración. A Francisco S. Noelli por la revisión del texto y la colaboración de los estudiantes de posgrado en Arqueología Histórica (UMass Boston), Andrea Chávez y Sara Jaramillo. A Cleberson Moura (MAE/USP) por el soporte técnico y la producción de los videos. Citlalí Quecha Reyna y Carlos Lazcano Arce de la UNAM, México. MS: FAPESP – Fundación de Investigación del Estado de São Paulo (2019/17868-0,2021/09619-0, 2019/18664-9). Los autores agradecen a los editores de Etnográfica, especialmente a Humberto Martins y Renata de Sá Gonçalves y Mafalda Melo Sousa.
Figura 2. Comunidad Tapirema, TI Pyátsagwêra (Piaçaguera) (Peruíbe). Taller de revitalización lingüística y asistencia del habla de Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos en el panel “Construyendo Redes Afectivas AfroIndígenas: Mujeres, Educación y Activismo en América Latina”, seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural”. En la imagen: Renato Oliveira, Mariana Gonzaga y Idati Aparecida Lemos. Foto: Fabiana Leite, 2024.
Figura 3. Comunidad Tapirema, TI Pyátsagwêra (Piaçaguera) (Peruíbe). Taller de revitalización lingüística y asistencia del habla de Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos en el panel “Construyendo Redes Afectivas AfroIndígenas: Mujeres, Educación y Activismo en América Latina”, seminario internacional “Pueblos Indígenas y Afrodescendientes en las Américas: Colaboración, Arqueología, Repatriación y Patrimonio Cultural”. En la imagen: Idati Aparecida Lemos y Cristina Delfina dos Santos. Foto: Fabiana Leite, 2024.
Bibliografía
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[2] Balanzátegui, Daniela (daniela.balanzategui@umb.edu ) – Universidad de Massachusetts-Boston, Estados Unidos. ORCID: 0009-0005-3201-1251.
[3] Romero, Valentina (romeropradavalentina@gmail.com) – LAHALab - Universidad de Massachusetts-Boston, Estados Unidos. ORCID: 0009-0005-2176-4776
[4] Santos, Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos, Catarina Nimbopyruá Delfina dos (Scatarina769@gmail.com) – Terra Indígena Pyátsagwêra, Tupi Guarani/São Paulo, Brasil.
[5] Sugía, María Celeste Sánchez (celeste.sugia@gmail.com) - Universidade Nacional Autônoma do México/UNAM, Cidade do México, México.
[7] John, Maria (Maria.John@umb.edu) - Universidad de Massachusetts-Boston, Estados Unidos.
[8] Sallum, Marianne (marisallum@usp.br) – LEVOC, Universidad de São Paulo, Brasil; UNIARQ – Centro de Arqueología de la Universidad de Lisboa, Portugal. ORCID: 0000-0001-9210-2044.
[9] Antônio Bispo dos Santos (1959-2023) nació en el Valle del Río Berlengas, Piauí, Brasil. Se educó a través de las enseñanzas de maestros artesanos del quilombo Saco-Curtume, ubicado en el municipio de São João do Piauí. Es autor de artículos, poemas y del libro Colonización, Quilombos: Modos y Significaciones (2015). Como líder quilombola, desempeñó un papel destacado en la Coordinación Estatal de las Comunidades Quilombolas de Piauí (CECOQ/PI) y en la Coordinación Nacional de Articulación de las Comunidades Negras Rurales Quilombolas (CONAQ). Se destaca por su compromiso político y activismo, que están estrechamente ligados a su formación quilombola, reflejando una cosmovisión desde la cual los pueblos defienden sus territorios tradicionales, símbolos, significados y modos de vida. (ver: Enciclopedia de Antropología, Universidad de São Paulo. Disponible en: https://ea.fflch.usp.br/autor/antonio-bispo-dos-santos, última consulta julio de 2024).
[14]La Isla Tortuga, según algunas historias orales indígenas, se refiere a América del Norte (Snyder 1974), mientras que Abya Yala, que significa “tierra en maduración” en la lengua Kuna, se utiliza en el activismo indígena para referirse al continente americano, particularmente a América Latina; ambos términos desafían los nombres coloniales y a veces pueden usarse de manera intercambiable para referirse a los territorios ancestrales indígenas en las Américas.
[15] Los marcos epistemológicos arraigados en el pensamiento colonial han justificado históricamente sistemas opresivos, como las jerarquías de castas racializadas, al valorar el conocimiento de los colonizadores por encima del de los colonizados, deshumanizando y despojando a los grupos marginalizados bajo la apariencia de progreso, desarrollo capitalista y producción. (Tuhiwai Smith 2021: 67-79).