Editorial
25 de Abril, Sempre!
A Etnográfica celebra os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Não podia deixar de ser. Abril abriu, em Portugal e no Mundo, muitas portas para as Ciências Sociais. Áreas de saber vistas como perigosas e ameaçadoras do statu quo de regimes opressores
[+]Editorial
A antropologia e o 25 de Abril: introdução
Este número da Etnográfica, comemorativo dos 50 anos do 25 de Abril, procura associar a comunidade dos antropólogos – professores, investigadores, profissionais da antropologia, antigos estudantes ou atuais estudantes – à evocação das
[+]Etnografias da revolução em revista
Ricos e Pobres no Alentejo: posfácio à edição portuguesa
Quando na Primavera de 1970 acabei de escrever A Portuguese Rural Society, estava convencido de que a fase de história económica e social do Alentejo iniciada no segundo quartel do século XIX teria ainda longos anos à sua frente e que as
[+]Etnografias da revolução em revista
Agrarian Reform in Southern Portugal
This paper1 has two main purposes: (a) to present some preliminary results from S. McAdam Clark’s recent research on the agrarian reform and related developments in Southern Portugal, and (b) to set forth a critique of José Cutileiro’s specific
[+]Etnografias da revolução em revista
Emigration and its implications for the revolution in Northern Portugal
In October of 1973, the newly organized International Conference Group on Modern Portugal, spearheaded by Douglas Wheeler (historian), Joyce Riegelhaupt (anthropologist) and others, held its first meeting on the campus of the University of New
[+]Imagens do país em 1974-1976: ensaio de antropologia visual
Um outro Portugal de abril: os estudiosos não revolucionários do povo
A “equipa maravilha” da antropologia portuguesa do século XX formou-se em torno da figura de António Jorge Dias, que completou na Universidade de Munique, em 1944, um doutoramento em Etnologia, com a tese Vilarinho da Furna, Um Povo
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Introdução a Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP
No dia 27 de abril de 1974 – dois dias depois do 25 de Abril – caiu o “U” de ISCSPU (Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina), renomeado no mesmo dia ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas).
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Recordações do 25 de Abril de 1974 no ISCSP
O clima repressivo que perpassava pela Academia de Lisboa nos anos anteriores ao 25 de Abril de 1974 também se fazia sentir no então ISCSPU. O controlo político-repressivo efectuado pela direcção da escola, nomeadamente através de certos
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Tempos de extremos
Entrei na universidade em 1970, depois de ter realizado, em finais de Outubro, o “exame de admissão”, escrito e oral – Língua e Literatura Portuguesa e Geografia Geral, segundo as “matérias estabelecidas no programa oficial do 7.º ano
[+]Antropologia e revolução: do ISCSPU ao ISCSP (1974-1976)
Memórias do ISCSP(U) antes e depois do 25 de Abril de 1974
Terminado o liceu (ensino secundário) da alínea B, no Liceu Nacional de Faro, fui para Lisboa, a fim de frequentar o curso de Filologia Germânica da Faculdade Letras da Universidade de Lisboa.1 Fiquei desiludida com o curso quando percebi que, ao
[+]Found in Translation
Nota introdutória a “Antropologia em língua árabe: para lá do monopólio discursivo” (Abdellah Hammoudi, 2018)
A Etnográfica inicia com este número uma nova proposta editorial. “Found in Translation” é uma secção concebida para dar espaço a mais antropologias, apontando a essa diversidade epistemológica reclamada na construção de um campo ele
[+]Found in Translation
Antropologia em língua árabe: para lá do monopólio discursivo
Alguns leitores podem com razão interrogar-se quanto ao efetivo significado da expressão “antropologia em língua árabe”, uma vez que esta, ainda que cuidadosamente escolhida por mim, comporta diferentes significados, alguns deles
[+]Articles
Playing with death to celebrate life: an ethnographic study of the pilgrimage of the coffins in Santa Marta de Ribarteme, Pontevedra, Galicia
Since the mid-20th century, a number of religious and festive pilgrimages have been held in Galicia and Portugal in which symbols of a funerary nature were used as a form of offering to give thanks for miracles or to pray for them to take place.
[+]Articles
Governar e classificar em um território camponês: os efeitos sociais na instalação de um projeto hidrelétrico em Huila, Colômbia
No artigo, apresento os resultados de uma pesquisa etnográfica que analisa os efeitos sociais sobre as comunidades camponesas (dedicadas ao trabalho da terra e a pescaria no rio) pela entrega das compensações e a realização das obras na
[+]Articles
Imagens do movimento: terra, parentesco e história no Alto Xingu
O objetivo deste artigo é compreender como os Kalapalo, um povo falante de língua karib do Alto Xingu (Amazônia meridional), descreve suas relações com suas terras tradicionais em narrativas e depoimentos pessoais sobre sua ocupação da área
[+]Histoire de la Anthropologie
Cultura, o seu modo de ser: uma proposta de reflexão a partir de Edward Sapir
Este ensaio regressa a um texto clássico da antropologia, “Culture, genuine and spurious” de Edward Sapir, tomando-o como parceiro de diálogo e de reflexão sobre a noção de cultura. Em “Culture, genuine and spurious”, Sapir mostra-se
[+]Interdisciplinarités
A arquitetura e o construído: uma abordagem antropológica para sua distinção conceptual
Partindo de uma série de considerações relacionadas com o meu trabalho de campo no meio rural do País Basco, sugiro que a coincidência conceptual entre a arquitetura e o construído pode levar a obliterações indesejadas para aqueles que se
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias e no Sul global – introdução
A antropologia tem proposto alternativas para pensar os modos pelos quais o passado afeta o presente, sem dar igual importância às múltiplas maneiras pelas quais os futuros socialmente imaginados o fazem. Trabalhos recentes têm-no indagado no
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Multispecies futures: a manifesto from the South in the face of the capitalist Anthropocene
A little over ten years ago, the anthropological academy of the global North baptized with the name “multispecies” a mode of study and writing that de-centers the human and that, in research, pays attention to the socio-cultural and affective
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
The land is the time: narratives of the future among Andean-Amazonian peasant women
This article reflects together with peasant women-defenders of the territory in Bajo Putumayo, in Southern Colombia. It resumes their narratives of the future and the understanding of time and space that they elaborate from their incarnated
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
End of a village, end of the world: memories and imagined futures from Tixcacal Quintero, Yucatán
This article presents the ways in which some people from Tixcacal Quintero (Yucatán, México), inhabitants or immigrants, remember the town’s henequenero past, and imagine its futures. Framed in a post-emigration context, which started in the
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
The “day after tomorrow”: thinking about ethnic futures among the Ñuu Savi population in the south of Mexico
In the Mixtec language or Tu'un Savi the word future does not exist, however, among the people who assume themselves to be part of the People of the Rain or Ñuu Savi; population of indigenous origin in southern Mexico, there is the notion of what
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
Sonhos humildes: cimentar futuros numa região indígena do México
Neste artigo analisam-se os “sonhos humildes” enquanto modelo local de futuro imaginado que emerge de conversas diversas e historicamente situadas na construção de sentidos comuns que possibilitem às pessoas imaginar outras vidas possíveis e
[+]Dossiê "Futuros em disputa: abordagens teórico-metodológicas sobre o porvir nas periferias do Sul Global"
O mundo existe agora
Após o fim da Guerra Fria e do bloco soviético, os anos 90 do século passado prometeram a expansão do capitalismo aos mais recônditos cantos do planeta. A globalização era a forma como o liberalismo económico assumia esse propósito
[+]Ressources
Mobilidades, etnografia e turismo: um panorama sobre metodologias etnográficas na literatura
O objetivo deste trabalho é identificar e analisar as relações entre mobilidades, etnografia e turismo, a partir de uma revisão integrativa da literatura. Busca-se, em particular, o emprego de metodologias etnográficas utilizadas no campo das
[+]The Cut
Apagar as luzes. Praticar a opacidade nas caves da Estónia
Este artigo investiga os tipos de coisas que são guardadas e as práticas que têm lugar em diferentes caves, a fim de refletir sobre regimes alternativos de visibilidade na Estónia Oriental. A utilização de infra-estruturas de ocultação faz
[+]The Cut
Etnographing the underground: notes and inspirations from the text by Francisco Martínez
The text is highly inspiring from both a theoretical and methodological point of view. It proposes an ethnography of the basements in Sillamäe, a small village in eastern Estonia. A village that, because of its history - marked by war and the
[+]The Cut
O que mais podemos fazer com/nos buracos?
"Onde é que há um bunker?" Esta pergunta começou a assombrar muitos de nós nas cidades da Geórgia, quando a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. A procura de bunkers, caves e abrigos, de espaços de opacidade e de segurança, foi
[+]The Cut
Da cave à des-cave? Uma resposta de questionamento à opacidade
"O opaco não é o obscuro" (Glissant 1997:191). É assim que começa o texto de Francisco Martínez sobre as caves, que ele aborda como espaços de opacidade que podem, no entanto, ser explorados etnograficamente. O aparente paradoxo que Martínez
[+]The Cut
Onde a história começa de novo
Francisco Martínez começa o seu ensaio com uma citação de Édouard Glissant. Poderia muito bem ter escolhido algo da Poética do Espaço (1958) de Gaston Bachelard ou de Hiding in the Light (1988) de Dick Hebdige para apresentar o que se
[+]25 Avril, toujours!
24.04.2024
La guerre contre Gaza : génocide, géopolitique et anthropologie
27.03.2024
Les filles disparues : l'exploitation sexuelle des enfants sous la forme d'un trafic interne autogéré
13.03.2024
Anthropologie en arabe : au-delà du monopole discursif
12.03.2024
Le coin de la "calabaceira": rencontres, affections et ethnographie dans la "Vale"
05.03.2024
Errer dans le passé avec un présent éviscéré : regarder Gaza à travers les archives
04.03.2024
Entretien avec Caroline Brettell
27.02.2024
(Re)rencontre avec Sousa Martins
06.02.2024
Une décennie et de nombreux événements plus tard : que pouvons-nous (re)lire sur les libéralismes minoritaires possibles?
06.02.2024
"Là-bas" : sur la lisibilité relative du paysage urbain
23.01.2024
La valeur de la confession et l'exercice de la justice
06.12.2023
Voir comme un routier : les paysages frontaliers entre l'Europe du Sud et l'Afrique de l'Ouest
22.11.2023
Éthique relationnelle et attention au monde
16.11.2023
Nous sommes tous des curmanos
10.10.2023
10.10.2023
Entretien avec João Leal
03.10.2023
Ethnographie de la souterraine : notes et inspirations à partir du texte de Francisco Martínez
28.09.2023
Que peut-on faire d'autre avec/dans des trous ?
28.09.2023
Du sous-sol à la déconstruction ? Une réponse probante à l'opacité
21.09.2023
Identité(s) et négociation : la danse de l'habillage et du déshabillage, du déshabillage et de l'habillage (ou non).
19.09.2023
Là où l'histoire reprend son cours
29.08.2023
Nous, le genre et la sexualité
25.08.2023
La liberté de désirer
28.06.2023
Éteindre les lumières. Pratiquer l'opacité dans les sous-sols estoniens
21.06.2023
Cartes confuses : notes sur les nouvelles territorialités de l'énergie au Portugal et en Europe
21.06.2023