Dossiê "Patchwork: modos de pensar o artesanato hoje"
Resumo
A cultura dos bordados materializa um saber-fazer que tem atravessado séculos e lugares, revelando modelos de trabalho doméstico, ensinando perspectivas de gênero, atributos morais nas artes da criação e, em certos momentos, caminhos para ação política. Bordar é uma ornamentação nos tecidos a partir de linhas que trazem volumetria e cor, cujos riscos partem de um repertório amplo e criativo de técnicas e de usos que narram histórias, memórias, conhecimentos. Como parte deste extenso repertório, há uma modalidade específica de bordado: o richelieu. Este bordado é feito por uma espécie de jogo entre a volumetria das linhas sobre o tecido e dos recortes feitos nos tecidos, assemelhando-os às rendas. O bordado richelieu compõe uma longa tradição na transmissão do saber-fazer e nos modos de uso das peças e, para a cultura do bordado, assume papel de elegância, tradição e sofisticação. Contudo, um olhar mais atento pode nos conduzir a outras potências (inclusive, podem transcender o seu caráter ornamental). A presente investigação parte de um olhar comparativo para duas festas tradicionais do nordeste brasileiro, nas quais o bordado richelieu assume um lugar de destaque: a festa de Sant’Anna (Caicó, RN) e a festa de Nossa Senhora da Purificação (Santo Amaro, BA). Aparentemente inofensivos, no contexto dessas festas, esses bordados transpõem a noção de souvenirs, enfeites para a casa ou indumentária, conduzindo discursos, narrativas e posicionamentos políticos imprevisíveis.
Palavras-Chave
bordado richelieu, festa, política, Santo Amaro, Caicó
Lara, Barbarita
Ortiz, Yuliana
Takuapu, Amanda/Comunidade Tabaçu Reko Ypy
Chalá, Katherine
Delgado, Génesis
Minda, Darwin
Chávez, Andrea
Zambrano, Iván
Leite, Fabiana
Moura, Cleberson
Sallum, Marianne
Balanzátegui, Daniela
16.11.2024
Ricardo Vieira
15.11.2024
Rosa Maria Perez, Inês Lourenço
15.10.2024
Patrícia Alves de Matos
24.09.2024
Diego Amoedo
22.08.2024
Katherine Chalá [1], Daniela Balanzátegui [2], Valentina Romero [3], Catarina Nimbopyruá Delfina dos Santos [4], María Celeste Sánchez Sugía [5], Watatakalu Yawalapiti [6], Maria John [7], Marianne Sallum [8]
17.07.2024
Noelia García Rodríguez
11.07.2024
03.07.2024
José Sobral, Patrícia Alves de Matos
02.07.2024
Fabienne Wateau
25.06.2024
Juan Antonio Flores Martos
20.06.2024
Yacunã Tuxá [1], Natasha Gambrell [2], Luã Apyká [3], Blaire Morseau [4], Stephen W. Silliman [5], Daniela Balanzátegui [6], Marianne Sallum [7]
21.05.2024
Pere Morell i Torra
18.04.2024
Paulo Gabriel Hilu da Rocha Pinto
27.03.2024
M. Belén Ortega-Senet
13.03.2024
Abdellah Hammoudi
Tradução de Ilham Houass e Diane Abd-El-Karim
Revisto por Francisco Freire e Abdallah Hammoudi
12.03.2024
Simone Frangella
Max Ruben Ramos
05.03.2024
Raquel Gil Carvalheira
04.03.2024
Caroline Brettell
Marta Rosales
Sónia Ferreira
27.02.2024
Vincenzo Scamardella
06.02.2024
Paulo Victor Leite Lopes
06.02.2024
Thaddeus Gregory Blanchette
23.01.2024
Catarina Frois
06.12.2023
Pedro Figueiredo Neto e Ricardo Falcão
22.11.2023
Jarrett Zigon
16.11.2023
Ramón Sarró
10.10.2023
Ramón Sarró
10.10.2023
João Leal
Luís Cunha
Humberto Martins
03.10.2023
Mariana Tello Weiss
28.09.2023
Tamta Khalvashi
28.09.2023
Hermione Spriggs
21.09.2023
Raquel Mendes Pereira
19.09.2023
Patrick Laviolette
29.08.2023
Miguel Vale Almeida
25.08.2023
Victor Hugo de Souza Barreto
28.06.2023
Francisco Martínez
21.06.2023
Ruy Llera Blanes
Luís Silva
Francisco Freire
Antonio Maria Pusceddu
Antónia Lima
Paulo Mendes
21.06.2023